terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Crer no Big-Bang é idolatria

Crer é um ato racional e factual, pois tudo o que gera resultados não pode ser uma ilusão. As pessoas que realmente creem, sem fingimento e sem engano, conseguem resultados. Conseguem se livrar de vícios e conseguem objetivos concretos.

Alguém disse, um dia, que o Universo veio de uma partícula fundamental, excessivamente densa, e gerou todo o Universo conhecido.

Aquele que crê em um mundo espiritual, crê num Criador. E este Criador é um espírito, coisa diversa e longe de algo material conhecido, que possa ser quantificado, que possa ser controlado e formalmente descrito por fórmulas. Se o Criador é puramente espiritual, ele gerou o mundo que vemos (ainda não direi material) e onde "acreditamos" que vivemos por meios espirituais.

Crer nesta "partícula original" é excluir um "Criador pessoa". É crer que um produto com um manual cheio de fórmulas criou a si mesmo. Isto não existe. Coisas não criam a si mesmas. Alguém poderia dizer que esta partícula não teve início, que ela sempre existiu. Mas se sempre existiu como partícula, e era coisa material, ela poderia "resolver" se transformar em outra coisa ?

Crescimento da pessoa e Sistemas

Se você já viveu um pouco, já percebeu que a característica da criatura que pensa é a constante mutação. Se hoje eu pensar por 5 minutos, já produzirei em mim uma mudança, uma melhora. A partícula do Big-Bang, se pensante fosse, não suportaria o estado extremo de pressão, de temperatura e de ausência de extensão. Seria apenas uma partícula teórica, de altíssima energia, energia esta que teria que vir de OUTRO LUGAR. Então não teríamos um Sistema Fechado, para poder analisar o Horizonte de Eventos prováveis.

Já o razoável seria um Sistema com um planejamento, feito por um Planejador, com as leis bem definidas e coerentes de transformação e de distribuição de energia, obedecendo ao princípio da sempre condução ao menor estado de energia (Lei da Entropia).

O Ser Humano é o Sistema mais bem planejado do Universo, pois agrega um Corpo Físico com Emoções, Sentimentos, Vontades e Objetivos. Os objetivos perfazem o componente mais enigmático e anti-material que existe. Hoje até podemos fazer um robô com sentimentos expressos como reflexo cognitivo, baseado na frase que um outro lhe fala. Mas produzir um robô com objetivos, só por meio de programação, e nisto entra um agente externo inteligente, um Criador, no caso o homem. 

Assim é o homem. Um ser cujo crescimento atende até mesmo às leis físicas. Ele nasce jovem com grande energia. Mas vai amadurecendo e aprendendo, com a experiência, a produzir bons resultados com o mínimo dispêndio de energia. O jovem gasta 5 tentativas para fazer algo produtivo. Já o homem maduro atinge seu objetivo com uma ou duas tentativas. O jovem erra, erra e erra. Depois erra de novo, e então consegue o resultado almejado. O homem amadurecido já passou por várias situações e tem mais recursos mentais para planejar algo eficaz.

A partícula

A partícula "inteligente" do Big-Bang teria que gerar as partículas fundamentais, aglomerá-las novamente, seguindo um critério inteligente, mas eu creio que, por semelhança, elas teriam a "memória" de que sua vocação é sempre explodir, e não baixar de energia. Toda reação é produzida por um elemento disparador. Isto de uma reação "auto-disparável" é anti-físico. As reações químicas envolvem os compostos e um catalisador e/ou ativador da reação. 

Se dois compostos são colocados lado a lado, sem reagir naturalmente, eles só poderão se combinar se houver uma ativação via entrada de energia no sistema. Ah, sim, mas o Big-Bang é uma reação ideal, onde um Sistema já nasce com um composto único e com energia. Se assim fosse, ele nasceria já reagindo, e não esperaria um momento "da sua vontade" para explodir.

E então chegamos a um ponto fundamental. Crer que tal partícula existe, em condições tão ideais e perfeitas, envolve uma FÉ daquele que participa de tal crença. Se eu já não crer de tal partícula, já terei estabelecido um Sistema de Antagonismo entre os que creem e entre os que não creem. E aos que creem na partícula eu interpretaria como "crentes da partícula".

A partícula inicial do Big-Bang é como um ídolo material ao quyal os seus crentes atribuem propriedades fantásticas, como a vontade e a decisão de explodir quando lhe convier, de explodir a si mesma, sendo que ao fazer isto ela "se mata".

O Criador

Crer no Big-Bang equivale a dizer aos alunos do curso de administração:

Não precisa planejar, os sistemas se fazem sozinhos. Você apenas precisa observá-los.

Significa dizer ao advogado:

Não é preciso regrar a conduta do cidadão. O sistema vai produzir leis sozinho.

Significa dizer ao dono do ferro-velho:

Coloca uma bomba no seu estabelecimento e faz ela explodir, e todas as peças se combinarão em carros, barcos, motocicletas ou aviões prontos. E se você tiver sorte, eles já sairão pintados e prontos para se usar.

O correto é pensar que o Administrador organiza um sistema de forma que ele funcione de acordo com princípios bem definidos. É pensar que existem os Legisladores que fazem as Leis, e não que as Leis se fazem por si só. É pensar que o mecânico precisa intervir nas peças de seu ferro-velho, limpá-las, lixá-las e ajustá-las, para gerar produtos úteis.

Conclusão

Se somos humanos, temos que crer em um tipo de criação organizada, assim como um embrião vai se organizando e crescendo, segundo uma "lei" muito bem estabelecida em nosso DNA. O embrião não explode e nem vem com a sua própria energia. Ele cresce ordenadamente, tirando energia dos nutrientes da sua mãe, que por sua vez tira nutrientes do ambiente. E este nutrientes, que lhe dão energia, também vem de embriões, em cujo princípio que enunciamos se repete, mostrando coerência.

Da desorganização jamais vem a ordem e sim mais desordem.

A partícula do Big-Bang é o ídolo dos sem-razão. Crer nela é ser materialista, e portanto idólatra.