segunda-feira, 15 de junho de 2015

Quanta água deveria estar na atmosfera para encher os oceanos no Dilúvio

Por falta de conhecimento de geometria (o brasileiro médiio é realmente fraco em matemática), muitas pessoas argumentam que não haveria água suficiente em uma camada da atmosfera para encher os oceanos.

Partindo da hipótese que ela estaria nas camadas mais superiores de nossa atmosfera, na forma de vapor d'água, vamos expor os cálculos geométricos para ver como esta quantidade de água poderia ser facilmente estocada.

Altura da atmosfera padrão = 20000 m
Volume de água dos oceanos = 1.2 E 9 m cúbicos

A altura da atmosfera é o Raio da esfera maior, e a altura onde começaria a camada de água (r) seria o raio da esfera menor, ptto:

E n = 10 elevado a n

1.2 E 9 = 4Pi/3 (20000^3 - r^3)

r = 19999,76

ou seja, apenas 24 cm de altura teria esta camada de água.

Mas considerando a água na forma de vapor de água a 100 %, e a densidade do ar úmido (15 graus) como 1,225 kg/m cúbico e da água 999,97 kg/m cúbico , o volume seria:

1.2 E 9 / (  1.225 / 999,97  ) = 9,78 E 11

Refazendo os cálculos:

9.78 E 11 = 4Pi/3 (20000^3 - r^3)

r = 19803, 50

ou seja, apenas 196,5 m de camada de ar úmido a partir do topo da atmosfera para conter toda a água q temos hj nos oceanos.

Portanto, não existe nada de contraditório em termos de volume de água prá provocar uma hecatombe hídrica em nosso planeta. A terra é uma esfera tão volumosa, q basta mesmo uma "casquinha" prá dar um grande volume de água.

Tudo calculado, tudo científico.

Podem refazer os cálculos (deixo por sua conta) com os 85 % desejado (0,85 * 1.225) ou com a umidade crítica de 50 %.

Verão q a altura necessária de umidade nunca excede a capacidade em altura da atmosfera q a terra dispõe.

Conclusão

Vejam que os argumentos de quem diz que este volume de água é de uma magnitude tal que as palavras da Bíblia seriam de pouco crédito devem ser classificados de simples ignorância aritmética.

Povo, Clã, Tribo e Nação

O instinto de sobrevivência

Não está sob nosso dominio o controle dos números demográficos. E entre os instintos humanos o do sexo por vezes ultrapassa o da sobrevivência, haja visto os casos de violação da pudícia feminina. O resultado é o crescimento inexorável da população, com consequente escassez dos recursos naturais.

Clã

Se uma família cresce, sob um nome de patriarca, é chamada Clã. Seus agregados por adoção e seus escravos não são da família, mas o são do clã. Os filhos dos filhos formam novas famílias. Se alguém entre eles forma um centro de influência, pelo seu volume de bens ou pela sua atuação guerreira, forma um novo clã, debaixo do nome deste elemento destacado.

E surgem vários clãs, pois o germe da multiplicação, se é animal, tanto mais humano, já que existem interesses em fortalecer o clã.

Tribo

Quando os inimigos apontam no horizonte, o que fazer ? “A união faz a força” é um ditado tão antigo quanto verdadeiro, mas digo mais: é fundamental para a sobrevivência e prosperidade. Os clãs se unem, e surge uma tribo que terá neste evento crítico a amálgama eficiente e duradoura.

Se o povo é só uma questão de número, a tribo é uma questão mais objetiva e organizada. Mas se resultante a esta união, as lembranças destes momentos de crise produzirem festas periódicas de comemoração da vitória ou da celebração de uma lei única, surge algo mais sério, que supera número, que supera eficiência e que supera união: os costumes, as tradições.

Nação

Unindo um povo através de uma lei, de costumes e tradições, temos como produto resultante a Nação. E se esta perdurar pelos tempos, com todas as dificuldades e transições políticas internas e externas, ela será lembrada, temida e invejada.

Vamos falar dos hebreus

Então o mundo pergunta:

“Por que sendo  o hebreu um povo tão  evoluído,  se deixou suplantar por povos muito anteriores à eles e,  mesmo, contemporâneos deles?”

Explorando esta pergunta, poderíamos discutir o mérito perguntando:

“Os hebreus se deixaram suplantar ?”

Da mesma forma poderíamos perguntar:

"Como os Romanos se deixaram dominar ?"

Os historiadores perguntam, assim como os professores de história aos seus alunos:

“Onde estão os Sumérios, os Assírios, os Persas, os Medas, os Gregos e os Romanos ?”

E o que domina os alunos é uma grande interrogação. O livro de História à sua frente canta odes e homenagens a estes povos como evoluídos tecnicamente, como prósperos, como água que se espalhou pela terra e que afogou povos em seu caminho.

Os sumérios, povo que se cogita ter tido conhecimento astronômico de cada planeta do sistema solar antes que houvesse sequer uma lente polida de vidro para se fazer um telescópio, onde está ? Está perpetuado nos livros de História e nas estatuetas pelos museus do mundo. E os poderosos Assírios ? A mesma coisa, apenas com uma mão de Saddam Hussein que lhes reconstruiu alguns portais. E gregos ? Bem, posso dizer que nós somos gregos até mais do que aqueles primeiros povos dos balcãs, só que os citadinos se perderam nos constantes conflitos nacionalistas, para se odiarem à menor dessemelhança que se apresente em suas línguas e costumes.

Lembremos então dos poderosos e legendários romanos, cujas legiões matavam mais do que tratores de ferro, e cuja cultura latina permeou toda a Europa. Estão reduzidos a alguns italianos e sua cultura é a corruptela católica de um politeísmo sem sentido. Todos os seus costumes de outrora se transformaram em um binômio: o Euro e o individualismo. Onde há individualismo, não existem costumes, e sim uma emulação de comportamento coletivo.

Os teimosos hebreus

Com a lupa da história vemos, a princípio um povo, que não se misturou com os outros, que não perdeu suas leis, que não perdeu suas tradições. Tão teimoso é este povo que cada conquistador teve que suportá-lo viver em seu próprio espaço, com suas próprias leis, porque este não se dobrava à cultura e ao mando do opressor. Hebreus. Povo difícil de manobrar, adorador de um deus único (que coisa sem graça para aqueles tempos) e, para piorar, de um deus invisível mais celebrado do que aqueles em que se conseguia tocar.

Este povo que se abroga ter o registro de seu nascimento e vida desde tempos imemoriais, e que por  esta e por outras razões atrai o ódio das nações, que não podem precisar com exatidão de onde vieram ou como se deu sua trajetória na história. Um povo cuja história é misturada com a de seu deus, sob cujo o cetro foram tomadas as decisões em momentos cruciais.

Será que se os Romanos tivessem se isolado cultural e geograficamente, teriam garantido a sobrevivência de seu império ?

Até o que se dizia milenar e poderoso império germânico, o III Reich, com toda a sua perversidade não conseguiu acabar com o povo hebreu. E hoje ainda se esconde por detrás de muitas famílias que trocaram seus nomes para não morrer nos aparelhos de tortura da inquisição.

E estes alemães, de que falamos, mesmo com o seu aparato militar volumoso, porque amargaram a derrota por duas vezes, nas guerras mundiais ?

Estado

Os Israelitas, sob o manto das doze tribos, pediram ao seu profeta Samuel que ungisse um Rei sobre eles. Desta forma, constituíram-se em um Estado, conservando a divisão em tribos. Este modelo, aperentemente mais organizado, foi a raiz de sua dispersão. Uma nação é mais forte, pois que está amalgamada pela Cultura e Religião, do que um Estado, unido apenas por uma constituição legal comum, em um território onde qualquer pessoa, oriunda de qualquer nação e qualquer cultura, pode entrar.

A prova disto foi a inevitável dissolução de todos os impérios. Tomando o exemplo romano, enquanto o Império Romano tinha consciência de seus valores oriundos da época de Rômulo e Remo, foi sempre vitorioso. Quando começou a misturar sua cultura com a dos bárbaros, perdeu sua identidade e entrou em decadência.

A cultura e a religião

Pelo tanto que se fala mal da religião, ela deveria mostrar seu caráter destruidor dentro de uma nação que a escolhe como base de seu governo. Mas tal não ocorreui com o exemplo dos hebreus, depois judeus. Foi a religião monoteísta que manteve os hebreus juntos, até os judeus de hoje, único povo que tem sua história registrada desde o início na Bíblia, para ódio de ateus e de anti-semitas.

Monoteísmo

Do judaísmo, cultural e religioso, saiu o Cristianismo e a Religião Muçulmana, sob a égide do Monoteísmo, único tipo de Religião não sensorial e polimórfica, desligando definitivamente o homem da relação biunívoca entre fenômeno e deus provedor e controlador deste fenômeno.

Povo hebreu, nação vitoriosa e eterna.

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Opinião do prof. Ruy B. Barbosa veiculada sob este pseudônimo no Youtube (ID=116583002871419115352)

Os Gigantes na Bíblia

Para discutir o assunto que trata dos gigantes, seja no que se refere à Bíblia, seja nos casos disponibilizados pela medicina, precisamos abordar o tema de forma científica.
No estudo desta parte do Gênesis eu resolvi consultar um médico, de forma que ele me desse uma visão real do que se sabe até hoje sobre o crescimento humano.

Nos cursos básicos das escolas dá-se ao aluno uma visão um pouco distorcida do crescimento, atribuindo-o à glandula Timo. O crescimento físico humano é realmente obra de um hormônio produzido pela porção anterior da Hipófise (nossa glândula mestra).

Energia e Crescimento ?

A tendência de todos os sistemas químicos é o equilíbrio, esta é uma lei da química. O Princípio que rege este axioma é o Princípio de LeChatelier. A tendência das células é a de ganhar volume e de se reproduzir. Isto acarreta o nosso crescimento. No entanto, nosso próprio crescimento começa a provocar o aumento das forças de oposição a este crescimento, expresso em reações químicas.

Durante os primeiros anos de vida, a Hipófise libera o hormônio de crescimento - GH - na corrente sanguínea. Este hormônio provoca o aumento da síntese proteica celular. Se as proteínas necessárias ao crescimento da célula são fabricadas a uma velocidade maior, é claro que a sua maturidade e consequente reprodução vão se dar mais cedo.

No entanto, com o aumento do volume corporal, e concomitantemente ao aumento da demanda por energia devido a este volume e ao aumento do gasto das reservas de gordura e glicose com as atividades laborais e sociais, a síntese proteica não mais pode se dedicar exclusivamente ao crescimento, mas à manutenção dos diversos sistemas e subsistemas do corpo avantajado.

Gordura e Glicose 

O que é desejável em um crescimento sadio é o consumo de gordura para produção de energia pelo corpo. A glicose, mais especificamente o glicogênio, é uma fonte rápida de energia. Parte da gordura (que não é consumida) se transforma em glicogênio para reserva. Um sinal desta distribuição são as espinhas nos jovens, devido à maior liberação de energia oriunda da gordura.

O hormônio do crescimento (GH) faz justamente isto. Ele aumenta a preferência pela gordura na produção de energia.

Quando o corpo enfrenta uma situação crítica em que precisa de energia imediata, como nas corridas e esforços musculares, ele dá preferência à glicose, pois a obtenção da mesma pela gordura é mais lenta.

Fim do crescimento em altura

Um erro de abordagem é crer que em determinado momento paramos de crescer. Isto se dá, principalmente, em termos ósseos. Nossos cabelos, orelhas, nariz, unhas continuam crescendo.

A cessação do crescimento em altura se dá quando as cartilagens entre os ossos "fecham" e param de se diferenciar em tecido ósseo. O próprio osso, quando quebrado, se funde novamente e produz os "calos" ósseos.

Podem haver Gigantes ?

Não devemos fazer da denominação Gigante um limite para o crescimento em altura do homem. A maior parte dos praticantes de basquete ganham alturas observáveis em qualquer clube que tenha praticantes desta modalidade de esporte. Qual é o limite ?

No Distrito Federal temos um garoto de 10 anos com dois metros de altura. Então alguém vai dizer que é uma disfunção. Mas disfunção é apenas um substantivo para algo que é totalmente possível, mas que ocorre raramente. Se ocorre algumas vezes, pertence ao rol de coisas possíveis de ocorrerem com o corpo humano.

Se um garoto de 10 anos com "disfunção" do crescimento, já tem 2 metros, a qual altura poderá chegar aos 18 ? O turco Sultan Kosen tem 2 metros e 51 centímetros de altura.

Conclusão

Não existe obrigatoriamente um limite para o crescimento humano em altura, a não ser os limites impostos pelas dimensões dos "itens utilitários do cotidiano". Veículos, cômodos, móveis e utensílios tem um tamanho médio que pode ser insuficiente ou incômodo para pessoas com características de gigantismo. O limite é a sociedade, e não o corpo humano.

Além de tudo isto, hoje, através da genética, você pode produzir embriões com alturas avantajadas facilmente. No entanto, se eles serão saudáveis e se vão ter uma expectativa de vida compatível com a nossa, é outra história.
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Opinião do prof. Ruy B. Barbosa veiculada sob este pseudônimo no Youtube (ID=116583002871419115352)

quinta-feira, 19 de março de 2015

A Sabedoria de Abraão

A análise do surgimento da agricultura entre os povos, antes até de falar dos hebreus é muito confusa, por culpa de vícios dos historiadores em suas narrativas. O que domina é a preguiça.

Estou aqui com o trabalho de um americano, que começa com aqueles tradicionais períodos "esquivos":

"Some archaeologists date the beginnings of agriculture in Palestine to the Mesolithic period, when the Natufian culture made its appearance with its bone and flint artifacts, some of which have survived to the present day."

Ou seja, hebreus para este autor se ligam à Palestina, obrigatoriamente. É o ledo erro de anos. Os hebreus tem sua origem na Mesopotâmia, notadamente ao sul desta, de onde veio Suméria e Babilônia. Eles não consideram as origens. Para eles os hebreus "brotaram da terra" palestina. De "crenças históricas" como esta é que partem as definições ortodoxas das origens dos povos e das invenções. Mas vamos prosseguir.

Vamos relembrar a frase "cantada" pelo judeu ao oferecer os primeiros frutos da terra, que entendo serem da agricultura, nos tempos de Abraão:

Deuteronômio 26:4

O sacerdote receberá o cesto de tua mão, e o colocará perante o altar do SENHOR, teu Deus.

Deuteronômio 26:5

"Então, solicitando a palavra, tu declararás em alta voz diante de Yahweh, teu Deus: ‘Meu pai era um arameu errante. Ele desceu ao Egito com um pequeno grupo de pessoas e ali viveu e tornou-se uma grande nação, poderosa e numerosa."

Esta trecho e o contexto nos dizem algumas coisas:

- Ao colher os frutos da terra, o hebreu devia levar sua oferta ao sacerdote;
- Abraão formou um grande povo no Egito antes de se estabelecer na Palestina;
- Abraão se tornou nação, ou seja, desenvolveu os rituais, língua e costumes próprios;
- Abraão e seu séquito deviam SEMPRE lembrar de suas origens. A citação constante de suas tradições garantia a tradição oral sólida;

Sobre a descida de Abraão de Ur para o Egito, o autor Joseph Smith 

(History of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - 7 

volumes) cita que o patriarca levou o conhecimento de Matemática e 

Astronomia para os Egípcios.

Da mesma opinião é Nancy L. Calvert, PhD em seu trabalho para a 

Universidade de Sheffield (Abraham Traditions in Middle Jewish 

Literature).

O mesmo diz o historiador Artapanus (100 a.C.) e Brian M. Hauglid em 

seu trabalho "Abraham in Non-Biblical Traditions".

Abraão de Ur era um cidadão da chamada civilização Acádica. Os egípcios eram de descendência Camita, e se estabeleceram mais para o Sul da linha que corta o hoje Kuwait, não tendo contato com os povos mesopotâmicos senão quando das primeiras guerras com os Assírios, anos mais tarde. Isto corrobora o fato de que algo ou alguém serviu como fonte do conhecimento egípcio. A evidência clara de que Abraão esteve no Egito em condição privilegiada é a sua escrava Agar. Mas Agar não tinha origem escrava. Ela era uma princesa egípcia que abandonou os privilégios do Palácio do Faraó para servir a Sara. 

Segundo autores muçulmanos, ela seguiu a Abraão por este seguir o monoteísmo, o mesmo observado entre os Ismaelitas provenientes de seu ventre.

O nome Agar vem de "Ha-Agar", que quer dizer recompensa. Ela foi a recompensa de Faraó pela contribuição de Abraão à civilização Egípcia.

Portanto, os hebreus, oriundos de Abraão não eram toscos seres errantes e broncos, e sim uma nação com domínio de conhecimento suficiente para sobreviver tantos e tantos anos mudando de ambiente e de fontes de subsistência, até chegar aos dias de hoje e dar à humanidade a base da fé que irá salvá-la da destruição. Isto para quem tiver a humildade de aceitar.

Quanto às "extensas plantações de cereais", relembro o consórcio obrigatório entre o modo de vida nômade e semi-nômade ou também sedentário. Parte do clã se dedicava à cultura da terra, senão nós não teríamos Abraão fazendo oferta dos frutos da terra ao sacerdote.

Continuarei respondendo às perguntas, independente das disputas por quem está com a razão. Só peço que leiam e meditem sem ideias pré-concebidas e nem ceticismo cego. Se demorar, me perdoem.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Como os hebreus/judeus registraram sua história

Um hábito de tempos imemoriais

Os judeus já cultivavam o hábito de registrar as histórias de suas vidas. Até há pouco tempo (década de 1970) era um costume o registro do que acontecia nos dias das pessoas cultas em um diário. Com o surgimento dos celulares e das conversas on-line, o hábito da escrita, notadamente deste diário, perdeu su significado. Utiliza-se a agenda mais para organização do tempo.

Ainda como povo hebreu (filhos de Éber, este neto de Noé) e também o povo semita, destinado a lidar, conforme profecia de Noé, com os assuntos espirituais da vida, este povo fazia registros cuidadosos, tarefa a cargo de escribas, sacerdotes (levitas), profetas, reis e poetas.

Os manuscritos

Como estas histórias, tanto pessoais das famílias importantes quanto da nação por inteiro, tinham muito valor para eles, várias cópias destes manuscritos originais eram feitas, para evitar a perda das tradiçções, passando de geração a geração. Com o passar do tempo, todos estes registros foram reunidos no templo, a cargo dos levitas, formando coleções chamadas:


  • A Lei;
  • Os profetas;
  • As escrituras;


Jesus, em seus discursos, utilizou a expressão "a Lei e os Profetas".

A Lei continha o chamado Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Os profetas reuniam Isaías, Jeremias, Ezequiel, doze profetas menos conhecidos, Josué, Juízes, Samuel e Reis. As escrituras reuniam os demais livros.

O meio de escrita

A escrita era feita sobre pergaminhos de peles de animais secas ao sol. Este animal era, como determina a lei judaica, um animal limpo, sem mácula, sem defeito, geralmente uma cabra ou cabrito, vindo de um sacrifício onde não fosse exigida a queima completa do mesmo.. O couro era curtido tal como se faz hoje, e a superfície que ia receber a tinta raspada cuidadosamente. Este era um trabalho a mais que os membros da tribo de Levi tinham em seu dia a dia.

A tinta

A tinta era obtida a partir da fervura de óleos, alcatrão (betume encontrado em poços que afloravam na superfície do deserto) e cera, coletando-se os vapores. Acrescenta-se o pigmento que vai dar a cor, como o carvão para o preto. Para armazenar, acrescentava-se seiva de árvores e mel. Antes de usar, esta tinta era misturada com suco de nozes do carvalho e resina.

A pena

A pena para escrever era uma pena de alguma ave ou um caniço fino de junco no qual se dava um corte diagonal em uma das pontas. Não era permitido utilizar uma pena de ferro, ja que este metal se destinava ao fabrico de armas, pois ensino não combina com guerra no conceito judaico.

O ritual de escrita

O escriba não se assentava diante do pergaminho e simplesmente começava um texto ou uma cópia.

Os escribas contavam cada letra e cada palavra no processo de cópia. Se errassem uma só letra, na cópia, destruiam tudo o que estava escrito nesta cópia raspando o pergaminho.

Cada cópia era feita a partir de um pergaminho autêntico. Antes de escrever uma palavra, o escriba a pronunciava em vol alta. Antes de escrever o sagrado nome de Deus (Jeová ou Iavé) eles deviam banhar todo o corpo, e a escrita deste nome era feita com a pena de ouro.

O Calendário Gezer

A escrita era exercitada em tabletes de barro, depois endurecidos com sua secagem. Um dos exercícios de escrita mais comuns, dados aos meninos era o Calendário de Gezer. Em meses do tempo do Oriente médio eles anotavam os meses dos plantios ecolheitas:

Os dois meses são a colheita de azeitonas - Set/Out
Os dois meses são o plantio de cereais - Nov/Dez
Os dois meses são o plantio tardio - Jan/Fev
O mes é a sega do linho - Março
O mes é a sega da cevada - Abril
O mes é a colheita e as festas - Maio
Os dois meses são de cuidar das vinhas - Jun/Jul
O mes é das frutas de verão - Agosto

Lembre-se que estes meses se referem às estações do oriente, e não do Brasil.

Os Escribas

No período de vida de Esdras, a função dos Escribas ficou mais clara. A unidade da nação dependia da reverência às Leis e Mandamentos, para resistir à influência do meio social circundante. Estes se encarregavam de copiar os manuscritos hebreus pois, com o tempo, os existentes ficavam com a sua nitidez comprometida. O copista era uma profissão em Israel.

Datação da Torah

Segundo o Livro "Dating Old Testament" de Craig Davis, a data de início da escrita do Torah remonta os tempos da primeira geração que viveu durante o Êxodo Bíblico. Referências:

Êxodo 24:4-8
Êxodo 34:27
Números 33:2

Nestes versos Deus relembra a Moisés que registre por escrito os eventos.

Conclusão

Os hebreus, posteriormente judeus na religião, tinham extrema reverência para com a palavra escrita de Deus.

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Bibliografia:
A Palestina nos tempos de Jesus - Christiane Saulnier e Bernard Rolland
Dating Old Testament - Craig Davis
História dos Judeus - Flavius Josephus
História dos Judeus - Paul Johnson
New Manners and Customs of Bible Times - Ralph Gower