terça-feira, 5 de novembro de 2013

A verdade sobre o Talmud - fraudes na Internet

Cuidado, internauta e pesquisador, pois circula na Internet um livro tendencioso sobre o Talmude (comentários rabínicos). A linha é de revisionismo sensacionalista, em apenas 37 páginas, valendo-se da preguiça dos leitores, que não se dariam ao trabalho de ler mais de 3000 páginas do tratado judeu.

Se quiser saber a verdade sobre o Talmude, baixe a versão Babilônica no site www.4shared.com:

BAIXAR

Os tratados explicam a tradição oral dos rabinos, além de algumas fábulas que servem para ensinar os costumes judaicos.

A Internet é o paraiso dos preguiçosos, dos mentirosos e dos falsários. Selecione bem o que baixa, o que lê, e onde navega, pois suas informações podem estar sendo lidas e armazenadas.

Armadilhas

Alguns sites oferecem downloads de produtos e falsos livros para atrair principalmente os ateus. Eles sabem os títulos e assuntos preferidos desta linha de pensamento, e o resultado é a captura das suas informações pessoais, com futuros estelionatos.

Livros preferidos para chamar a atenção dos ateus e aficcionados:

Apologia - Evangelhos Apócrifos
Cartas de Publius Lentiulus
Manuscritos do Mar Morto
Porque não acredito no Novo Testamento

CUIDADO.




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A ovelha desgarrada e o Sábado - Minorias, Normas e a Bíblia

Versículos chave

E ele lhes disse: Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela, e a levantará? Mateus 12:11

E, se porventura achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram.Mateus 18:13

Noventa e nove contra um

Jesus encontrou o meio para falar, muitos anos antes da ONU ou dos governos populares, e de certa forma,  das minorias. E também para falar contra o materialismo e a acomodação. Uma pessoa que só se guia pela matemática, tendo 100 ovelhas, e perdendo uma, mas contaminada pelo comodismo e preguiça, não iria atrás de somente uma. Já o ambicioso, ou que dá valor ao que acumulou, garante as 99 e vai atrás daquele "seu bem", pois não admite perder nada.

Deus é absolutamente ambicioso no sentido humanitário. Ele luta até pelos mais teimosos (desgarrados), que não seguiram o caminho do pastor. Estes nós, humanos, jogaríamos, facilmente, no fogo, pois almejamos ser como Deus, mas não atingimos sua perfeição.

O que o sábado tem a ver com a ovelha

Se estamos colocando estes versículos lado a lado, é porque algo nos despertou para sua relação. Em primeiro lugar, uma ovelha desgarrada faz o hebreu "quebrar o Sábado". Diante do risco da perda de um "desgarrado", o descanso (Sábado, seu dia) é quebrado, pois quem não o faz é um hipócrita, pois o alvo de Deus é o homem (imperfeito). A Salvação de uma pessoa inocente (ovelha) não pode ser jogada fora por causa da exclusiva letra da lei.

As normas e o Sábado

Dotado de inteligência moldada e cultivada por Deus, o homem não pode mergulhar numa cegueira de leis sem sentido. Ele precisa, através do estudo da palavra e do seu encaixe na vida prática, ver até onde vai a rigidez da lei, conforme dito por Jesus aos fariseus.

Um ser vivo, inocente, dependente do PASTOR, cai num buraco. Se esperarmos o fim do dia do Sábado, um predador pode transformar o quadrúpede em uma refeição. Abutres podem esperar a morte do ser abandonado, por sede e fome.

Pela Norma, E MUITOS SE AGARRAM A ELA, E MORRERÃO POR CAUSA DELA, a ovelha de Jesus e de Mateus morre. A VIDA VALE MAIS QUE A NORMA, por isto o Pastor rompe a norma. O Sábado foi feito para a saúde do homem, para lhe prolongar os dias de vida, como diz o Velho Testamento. Mas quem fica responsável pela vida dos animais (dependentes) ? Ora, no Gênesis deu Deus esta responsabilidade ao homem. E esta veio ANTES dos mandamentos e leis. A MAIOR LEI é a VIDA.

Ao curar no Sábado, Jesus não desobedecia a Lei, pois A MAIOR LEI DE DEUS É A VIDA. Isto nunca os fariseus alcançaram.

As Normas que o Homem criou para si

Então vemos o emaranhado de leis que o homem criou em suas constituições e códigos. Principalmente na aplicação do Penal se revela a "Normose" do homem. O aparato administrativo Policial tem se agarrado tanto ao cumprimento de um excesso de ritos, para garantir a pretensa vida do suspeito, que se esqueceu da vida das Ovelhas, ou seja, das pessoas inocentes. Juízes liberam indivíduos que representam perigo para a VIDA das pessoas inocentes, homens de bem, etc.

Conclusão

A natureza animal e a responsabilidade do homem na criação e na sociedade ainda padecem devido à cegueira do homem, quando lhe é dado uma lei ou mandamento. AO INVÉS DE USAR COMO ORIENTAÇÃO, O HOMEM A UTILIZA COMO OBRIGAÇÃO.


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Autoridade, sim e não

Se fossemos falar algo a respeito do NÃO, diríamos que é o maior Instrutor presente na raça humana, desde tempos imemoriais.

Se fossemos tentar chegar às suas raízes, começaríamos por coisas bobas como:

É o contrário do SIM;
É o opositor;
É o maior incômodo;
É a negação de algo;
Deveríamos substituir o NÃO por "algo mais construtivo".

Isto tudo é uma bobagem, pois é fruto do senso comum e pensamento superficial.

A origem do NÃO

O NÃO não existiria, sem a pré-existência de uma Autoridade. Se alguém tem o poder de negar algo, com propriedade, provavelmente tem um conhecimento ligeiramente superior ou muito superior ao que é negado em suas intenções.

Hoje, nesta sociedade "um pouco" decadente, a negativa passou também a vir de uma fonte ilícita: representantes que tem o cargo obtido por meio de dinheiro ou política. Mas deixaremos este aspecto corrupto da Autoridade e explorar as suas raízes verdadeiramente decentes.

O primeiro NÃO veio dos véus colocados nos cômodos, se assim podemos dizer, das tendas. O local onde ficava o casal, ou as virgens, era resguardado dos olhares de terceiros. Era o pudor da nudez já em seus primórdios de conduta moral.

Aqui temos o maior segredo do NÃO: a sua associação com o OLHAR.

O que tem demais olhar a nudez, já que é natural ?

A Nudez

A Nudez é o "desvendamento da roupa original do indivíduo". Se o ser humano não tiver ABSOLUTAMENTE NADA, ele terá a sua Nudez como o seu PRIMEIRO PATRIMÔNIO  Portanto, o respeito e o resguardo da Nudez é o resguardo do PRIMEIRO PATRIMÔNIO. O corpo, como habitação de nossa alma, é o nosso PRIMEIRO IMÓVEL.

Na intimidade do casal, um dá a conhecer ao outro a sua Nudez, numa concordância de compartilhamento de seus Patrimônios, pois o corpo de um se torna também do outro.

Voltemos ao Primeiro Imóvel do ser.

Nós, a raça humana, planejamos todas as nossas moradas com uma porta. As tendas dos primeiros nômades possuía um véu em sua entrada. Até os índios fazem uma porta mais baixa e estreita na entrada de suas casas comunitárias. Este véu é uma Porta, algo de mais fácil entendimento para nossa sociedade do que o pedaço de pano usado pelos antigos.

A porta

A porta é um dois símbolos da dualidade SIM e NÃO. Aberta é o SIM (entre), fechada é o NÃO (não entre, proibido).  Jesus, o filho de Deus, foi tão longe em sua definição que disse:

EU SOU A PORTA (Porta para a vida eterna)

Em eletrônica digital, os pesquisadores e engenheiros chegaram ao armazenamento e processamento de informações simplesmente indo ao aspecto mais radical que estamos explicando aqui: uma unidade de informação pode ser zero (Não - falso - desligado) ou um (Sim - verdadeiro - ligado). Ou seja, se quisermos ir ao fundo filosófico da informação digital, teremos que ela é uma coleção de verdades e de falsidades.

Ligado e desligado

Falando da unidade de informação digital, temos dois estados, observados em todas as máquinas que o homem faz, mas também em algo mais profundo. Quando colocamos uma máquina para funcionar, nós a ligamos. Quando uma Autoridade dá uma ordem, ligando um evento ou processo, ela está dando um sinal de SIM para que algo seja FEITO. É a ordem de INÍCIO. Em uso de metáfora, poderíamos dizer que FOI ABERTA A PORTA. O mesmo acontece com as empresas no início de cada dia: as Portas são abertas para a entrada dos clientes.

A Autoridade

A Autoridade vem através da ordem: ordem para abrir a PORTA, para COMEÇAR, para INICIAR alguma coisa. Ela é sempre confundida, pelos anarquistas e insatisfeitos, com o NÃO. A Autoridade é que tem a atribuição (não diremos poder) de assinar, de INICIAR. Quando se diz assinatura, prefira dizer início. Assinatura é só o momento marcado em que algo foi iniciado. Em si ela só é uma marca no papel.

E, olhando pelo lado do INÍCIO, a Autoridade se parece mais com o SIM, do que com o NÃO. As negações procedem somente (fora do sentido corrompido de Autoridade alcançada por corrupção) de tentativas de se agredir a moral. Exemplo: o salteador tentava entrar na tenda de alguém rasgando o tecido com sua espada. A barreira da tenda e a parede de uma casa são expressões de negação, bem como a porta fechada, ou seja, NÃO ENTRE.

Ao efetuar uma ação contra um NÃO, desrespeitando-o, o salteador se expõe às consequências funestas. Ele está indo contra uma Autoridade lícita.

Conclusão

A propaganda iniciada principalmente após os anos 70, em busca da liberdade, e da "evitação" do NÃO, procurando "coisas mais positivas", simplesmente provocou o desgaste do sentido de autoridade, constatado nas escolas, entre os jovens, e depois entre os nossos políticos atuais, oriundos daquela época (hoje eles correspondem à faixa etária dos 35 aos 50 anos), que chegaram ao poder, sem saber qual o sentido real de Autoridade.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tradição Oral, a cultura negra / africana e a Credibilidade

Você ama a Verdade ? "Mas o que é a Verdade ?", perguntavam os gregos. Verdade é, pelo menos, O QUE JÁ ACONTECEU, DO JEITO QUE ACONTECEU, pois não pode ser mais alterado.

Os fatos que já aconteceram

O que aconteceu se convencionou colocar "esticado" no que nós humanos conhecemos por CRONOLOGIA (o tempo da sequência das ações, pois queremos dar a ideia real de tempo, por isto não dissemos "a sequência das ações no tempo", pois o TEMPO realmente não é coisa viva, com existência própria).

A TRADIÇÃO ORAL (narrativas e costumes armazenados na memória de um grupo humano) estabeleceu esta Cronologia principalmente apoiada em LISTAS ou GERAÇÕES humanas.

Aqui cabe um pequeno parêntese, pois temos que especificar a quem pertencem as gerações listadas. Voltemos nossa razão e visão para as ...

Tribos e Clãs

Em primcípio, não havia uma Sociedade, e nem tão pouco o Estado. Existia a FAMÍLIA. Quando se conseguia atingir a convivência de três gerações, tínhamos então uma TRIBO. Quando esta absorvia Agregados de fora das famílias da Tribo, formava-se um CLÃ. Da formação dos Clãs sobrevieram disputas por ambições de poder.

Mas a ORDEM exigia um LÍDER, e fruto do mais puro pensamento inconsciente, o membro MAIS VELHO assumia este papel. E é deste Mais Velho que se enumerava as gerações da Tribo e do Clã.

.Esta é a primeira Verdade Visceral do homem: a Genealogia. A Bíblia, em seu primeiro livro, assim o fez, e valoriza um Valor que se repete e se legitima a partir dos costumes observados nos levantamentos efetuados pela UNESCO entre os grupos africanos. Não é coisa nova, e nem conclusão impressionante, e sim algo que acontece naturalmente.

A força deste VALOR TRIBAL é tão forte que existe uma cadeia lógica dentro dos inumeráveis grupos humanos da África:

Família => Linhagem
Linhagem => Clã
Clã => Estado
Estado => Chefe
Chefe => deus
O chefe era considerado o intermediário entre o Clã e o deus LOCAL (o deus pertencia ao Clã), a tal ponto que ele mesmo era considerado um deus.

O africanista brasileiro Alberto Costa e Silva, em uma de suas vivências como embaixador na Nigéria, conta, em palestra organizada pela Companhia das Letras (editora), que um de seus subordinados da embaixada se ausentou do trabalho por um período que se pode perceber. Então ele perguntou a um funcionário o que era feito do subordinado, que não estava vindo trabalhar. Este funcionário, africano, lhe respoindeu:

"Ele foi se tornar um deus. O pai, chefe de uma tribo do interior morreu, e os seus familiares lhe cobraram esta responsabilidade, e ele foi".

Ou seja, aquele pai era o "deus" da Tribo. Na sua falta, pela genealogia, o filho tinha que assumir o lugar do pai, pela razão principal de que, na falta do chefe, eles perderam o contato com o deus da Tribo. Algo deste tipo é sensacional, pois demonstra uma face dos cultos antigos e da adoção de divindades, bem como sua forma de relacionamento com os humanos.

No Brasil, deu-se um fenômeno "sui generis" em relação aos deuses africanos e a este caráter local. Os conhecidos deuses do Candomblé de tribais, passaram a deuses globais, pois os agrupamentos maioritários, escravizados, trouxeram o seu deus Tribal, e os demais indivíduos, membros arrancados de seus grupos originais, adotaram os deuses do grupo mais numeroso. Foi a primeira corrupção do sentido do deus Tribal, deflagrada pelo elemento pernóstico europeu.

A cronologia Oral

A enumeração dos ancestrais, que no caso africano se aproxima de uma genealogia de deuses (você ocidental, pode estar achando que são simplesmente os pais de cada família), se fazia de forma sonora e ritmada, como numa cantoria rimada, para que pudesse ser firmemente decorada.

Numa sociedade sem escrita, a memória se desenvolve de maneira prodigiosa. Estas genealogias são cantadas para os meninos, e eles as repetem incansavelmente, tantos nas reuniões periódicas, quanto durante o seu dia de brincadeiras.

Particularmente entre os negros, esta capacidade aflora em seus três estilos de linha musical, bem conhecidos: o Blues, o Happy e o Funk. No Funk e no Happy, o elemento narrativo fica evidente. O impressionante é ter sobrevivido no inconsciente dos negros até hoje. O Blues, que tem sua origem nos campos de algodão dos estados sulistas americanos, é uma manifestação que evidencia este elemento, como um lamento narrativo das agruras dos negros em sua labuta forçada.

O caso Bíblico

No caso das genealogias bíblicas, fica bem clara a diferenciação do povo hebreu em relação aos povos vizinhos. Eles NUNCA COLOCAVAM UMA PESSOA NO LUGAR DE DEUS, quem falava por Deus eram os profetas, que não eram chefes nem nada, mas eram respeitados. E isto é fantástico em sua pureza, em mostrar que existiam homens que sabiam separar as coisas. Os próprios profetas nomeavam os CHEFES, e isto é fantástico mais uma vez. Quem disse ao povo hebreu para não copiar os povos vizinhos. Por que foram os únicos ?

Conclusão

Estes argumentos mostram a força da Tradição Oral, não só mpelos mecanismos naturais e humanos envolvidos e evidenciados, mas pela sua associação a elementos das raízes dos grupos humanos. Entendendo as primeiras sublimações construídas pelos homens da divindade, podemos entender sua busca por ela, e pretender entender como Deus se relaciona com o Homem. Isto se pode explorar através da História Universal Completa, ou seja, sem a maquiagem distorcedora dos ocidentais racistas, e sem a desvalorização promovida em favor de registros escritos, e em detrimento da valorosa Tradição Oral
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Leia mais em História da África (8 volumes) editado pela UNESCO, Volume I, Capítulo 7 de J. Vansina.



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Tradição Oral, Sociedade Organizada, Preconceitos e Símbolos

Se você quiser viver neste Novo Mundo, em que o conhecimento aumentou, pois a verdade veio à tona, prepare-se para abandonar antigas Formas de Pensamento, Ditados do Tempo da Vovó, e Resquícios e Vícios da perniciosa Colonização Ocidental.

Mundo Ocidental

Já tem sido percebido que a Civilização Ocidental  se achava e ainda se acha digna de ser chamada de Primeira Civilização no sentido da palavra. Se os historiadores e mestres, reforçados pelos autores de credibilidade, afirmam que nossos principais valores sócio-políticos vieram da Grécia e de Roma, toda a multidão diz "amém". A grande conspiração desde tempos imemoriais mantém e reforça esta crença. Mas não é assim de forma alguma.

Temos agora nossos olhos abertos para o Mundo do Oriente, em que frotas de navios tinham embarcações do tamanho de um campo de futebol, armas utilizando pólvora, como lança granadas, mísseis rústicos mas dntro do conceito, e de comprovada eficácia. Ai do mundo grego ou romano, se tivesse entrado em confronto com os Chineses. O próprio Shakespeare copiou suas tragédias de contos chineses.

O Mundo Africano

Mas o mais inadmissível para o homem ocidental é ter que aceitar, pelo seu preconceito, que a África tenha sido berço de sociedades organizadas. O Mundo Ocidental é preconceituoso e claramente racista. Se já aprendeu a esconder o racismo de cor da pele, o homem ocidental é racista no que tange às suas origens. Em outras palavras, ele diz para si mesmo:

"Sou originário do Pensamento Ocidental, portanto sou melhor que qualquer outro povo".

E sabe por que se mantém no homem ocidental este preconceito ? Devido justamente à maior invenção humana: A Escrita. E qual é a mecânica conceitual deste preconceito ? Os Historiadores Ocidentais convencionaram que somente Registros Escritos tem validade. Os historiadores desprezam tradições orais e o conteúdo narrativo dos rituais dos povos, para eles, inferiores. Mas vamos procurar os argumentos que invalidam a visão dos historiadores na recentemente levantada ...

História da África

O preconceito é tão útil, que dois autores, Charles Murray e Richard Herrnstein publicaram o livro "The bell curve", afirmando que o QI dos brancos é superior ao dos negros.Isto em 1994, portanto incompatível com o nosso mundo moderno, não digo tolerante, mas em busca do fim de paixões racistas. O segundo autor tem origem alemã, e não estranhamos, pois conhecendo uma árvore, conhecemos seus frutos. Lamentável.

Mas então entra a UNESCO, num esforço étnico-cultural, em nome da luta pela verdade e contra o preconceito. A ela se aliaram os historiadores muçulmanos, aos quais muito interessa ter escrita a história da expansão da Religião de Maomé. E o mundo teme os muçulmanos que, acima da agressividade cultural e bélica, foram capazes de estabelecer o bloqueio continental que forçou a Europa a buscar novas rotas comerciais no século XV, trazendo a descoberta do Brasil.

Os teóricos ocidentais procuravam explicar o nascimento e domínio do Império Egípcio usando o Deserto do Saara como determinante geográfico, que fez com que o Norte da África ficasse mais em contato com o Mundo Mediterrâneo e, portanto, com a cultura Greco-Romana (Européia). Existem historiadores e comentaristas que insistem em dizer que os faraós e os egípcios eram todos de pele branca. E sabemos, pelos registros históricos, e pelas estátuas, que houve faraós negros, e que a população Núbia, ambas de pele negra, e mesmo povos mais ao sul da África, se encontrava misturada aos ditos Egípcios puros.

Mas quais são as evidências da existência de uma Estrutura Social mais ao Centro e no Sul da África ? A resposta é:

A Tradição Oral

A Civilização Ocidental é muito criativa em se falando de conceitos exclusivistas e, portanto, racistas. Para supervalorizar os Registros Escritos, ela cunhou um ditado popular em que a maioria das pessoas acredita:

Quem conta um Conto, acrescenta um Ponto.

E, de acordo com o teórico propagandista nazista Goebbels, quanto mais uma mentira é repetida, mais ela vai se tornando verdade. Esta expressão foi cunhada para enfraquecer tradições antigas, ou mesmo documentos de povos que a Civilização Ocidental quisesse excluir do rol dos civilizados.

As coisas mudaram tanto, que a UNESCO foi atrás das tradições orais para levantar a História da África e das nossas raízes culturais ocidentais, pois é forte a hipótese que o homem tem a sua origem na África Oriental, baseada em regressão da genotipia humana (ver a Conferência "O Genoma Humano e a África", ocorrida de 19 a 22 de março de 2003).

Ora, se dali provém a raça humana, e não existem Registros Escritos, a UNESCO deduziu da maneira certa: procura-se as respostas na Tradição Oral. Você não acha um arquivo organizado numa cabana de uma tribo remota da África. A partir de hoje, então, esqueça o ditado da vovó, que se acostumou a repetir o de sua bisavó, e assim por diante, numa cadeia infindável de propagação da ignorância e preconceito.

Os etnólogos (estudiosos da origem das etnias) também contribuíram para a desvalorização da Tradição Oral, seguindo o exemplo de Beidelman (professor de Antropologia na Universidade de Oxford, e autor de pelo menos 6 livros na área), bem como os sociólogos funcionalistas. Para Beidelman, as tradições narrativas são a expressão cognitiva do mundo, que sustentam o pensamento a priori do homem. Segundo esta ideia, TODOS nós já teríamos uma pré-ciência em nosso raciocínio inconsciente, de que existiu um Dilúvio, que as doenças são produzidas pelo mal, que existe uma verdade alicerce da vida, que existe uma partícula fundamental de onde vieram todas as outras, e que existe um só Deus Criador. Mas, pelo contrário, encontramos mais ateus do que crentes, mais pessoas que não creem no mal, etc.

Imagine então, que se fosse assim, TODOS os livros de História passariam para o rol dos livros de Mitologia.

A Escrita

A escrita trouxe inumeráveis efeitos benéficos à humanidade, porém só um efeito foi danoso: o não cultivo do exercício da memória. A oralidade obrigava (e ainda obriga alguns povos) à adoção de estratégias fonéticas e de métrica, que possibilitavam a memorização de genealogias, rituais e de verdadeiras epopeias (como a Ramayana e a Mahabharata indianas), para manter uma sociedade coesa.

De acordo com o o levantamento feito para a UNESCO escrever a História da África levou à uma conclusão contraditória:

"Em uma Sociedade que adota a escrita, somente as memórias de MENOR IMPORTÂNCIA são deixadas para a Tradição. O que é considerado MAIS IMPORTANTE é Escrito".

Esta conclusão contraria completamente o conceito e crença de Beidelman, que orientou tantos estudiosos das ciências sociais, pois TODA a informação cognitiva inconsciente seria lembrada, seguindo seu princípio, coisa que não acontece, pois o que mais se observa é o esquecimento das origens das tradições pela maioria dos povos. Até a origem da língua não seria perdida. O único contra-exemplo é o hebraico.

Os grupos humanos e sociedades que não se organizaram em um Estado se expressam segundo suas tradições. Assistimos os seus ritos e não os compreendemos. Como são Tradições. não existem registros escritos para nos informarmos acerca deles. Alguém que conheça a língua de um grupo particular, bem como a de quem assiste, precisa explicar para este último. Mas para conhecer a língua do grupo, tem que conviver com ele.

Portanto, quem escreve, como muitos historiadores e comentaristas, a respeito de um povo, não pode fazê-lo à custa de observações precipitadas, de uns poucos meses, mas só a partir de alguns anos de convivência. E a coisa piora quando não existe nada escrito. E mais. Os historiadores, até recentemente, SÓ DERAM CRÉDITO AO QUE ESTAVA ESCRITO a respeito dos diversos grupos humanos com os quais tomaram contato. Levavam os documentos para os seus gabinetes, e ali decidiram o que achar de cada povo em particular. É a ciência do ...

ACHISMO

Esta ciência tem dominado a Sociedade Ocidental, em trabalhos medíocres, em revisionismos que duvidam da existência de personagens citados incansavelmente pelos nativos de grupos humanos, mas ignorados, pois não tem os seus nomes registrados nos livros que os historiadores preguiçosos esperam encontrar prontos. Um dia duvidarão da existência de Nero, Ulisses, Lincoln, Kennedy e outros.

Os historiadores das Sociedades letradas inverteram o significado das Tradições Orais e Rituais (expressão mais palpável de um grupo humano) dos povos cuja história analisaram, encarando estas Tradições e Rituais como Contos de Fadas ou Fantasias ou espetáculos pitorescos, esquecendo que aquilo ali não nasceu a toa, mas se liga fortemente a algo muito mais profundo da mente humana:

Os Símbolos

Segundo Freud, o maior expoente da psicologia, os símbolos são os CONTEÚDOS CONSCIENTES que nos dão uma chave para o SUBSTRATO INCONSCIENTE.

Dominar estes conteúdos permite ao homem entender as suas origens de raciocínio e curar as suas angústias, as vezes tão simples como o problema do SÓ EXISTIR. Consultórios de psicologia estão repletos de pacientes, bem como as prateleiras de drogarias estão repletas dos "tarja preta", pela nossa falta de domínio sobre nossos Símbolos Internos.

Consolidando as mais modernas conceituações, o Símbolo é QUALQUER FORMAÇÃO SUBSTITUTIVA, ou que se distingue pela constância da relação entre uma coisa e AQUILO QUE ELA REPRESENTA em vários contextos: mito, religião, folclore, linguagem, etc.

As tradições

Uma Tradição é um símbolo de um povo, na medida em que lhe estabelece um alicerce de valores e ideias que mantém este povo unido, com as consciências e arcabouços psicológicos estáveis. Estas ideias e valores são como um BRASÃO IMPRESSO EM SEUS CORAÇÕES. Toda Tradição tem um fundo ou total conteúdo de verdade ou reflexo de algo coletivamente inconsciente, pois INEGAVELMENTE SURGIU E FOI REGISTRADA, mesmo parecendo, em seu conteúdo, a mais absurda possível à primeira vista.

Se algo parece surgir do NADA, na mente do indivíduo, é porque antes residia em seu INCONSCIENTE.

Já as interpretações, de quem é alheio à tradição, por nascerem de inferências com conteúdos que não fazem parte do grupo humano analisado, e sim de RELAÇÕES DIVERSAS. É como um não muçulmano interpretar o modus vivendi de alguém que é muçulmano, é como um não cristão interpretar a fé de um cristão, é como um leigo falar de medicina, etc.

A Tradição Oral

Como uma ferramenta mantenedora da Sociedade, a Tradição precisa ser guardada. E na falta da escrita, essa precisa ser passada de pai para filho, de filho para neto, etc. E a ORALIDADE, ao contrário do que é falado (o tal "Quem conta um Conto acrescenta um Ponto"), foi e é uma ferramenta tão eficiente, que grupos humanos africanos conseguem manter suas tradições a mais de 6000 anos.

O filme "A Massai Branca", disponível em DVD e Blue-Ray, mostra o contato que uma Suiça teve com um guerreiro desta tribo nos anos 90, no Quênia. Esta tribo, enumerada no trabalho da UNESCO, continua firme em seus costumes e tradições até hoje, efetuando circuncisão em meninas (pasmem), bebendo sangue de cabras e vivendo de forma absolutamente "primitiva". A África Central esta coalhada de tribos como esta, mantendo tradições a custa do dito ineficiente método da Tradição Oral.

O caso da Bíblia

O caso Bíblico foi sui generis. Um grupo humano, que vivia exclusivamente da tradição oral (os hebreus e não ainda judeus), compilaram a Tradição Oral em livros escritos, compondo o Pentateuco (5 livros iniciais da Bíblia) com os escritos dos profetas, no que é chamado de Torah. Este grupo humano superou o estado de federação de tribos e evoluiu para uma Sociedade organizada, e depois (só em 1947) formou um Estado: Israel.

O povo judeu é o único que conservou suas tradições e sua história oralmente, depois registrando tudo de forma escrita. Se tomarmos um americano, por exemplo, ele tentará reconstituir sua história a partir dos ingleses, e daí até os bretões, no entanto, se tentar regredir mais, uns se dirão descendentes dos romanos, e outros dos celtas, sem determinar com precisão uma origem e uma tradição em comum.

Conclusão

Do estudo das sociedades africanas, com pouquíssimas fontes escritas, a cadeia histórica está sendo feita daquilo que os historiadores mais odeiam em dar crédito: a Tradição Oral. E esta está sendo considerada mais pura, mais representativa dos símbolos e tradições de um povo do que os registros escritos.


















quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Liberdade, a excessiva Legalização, Valores e Domínio Próprio

O momento desta Revolução Constitucional Brasileira, neste ano de 2013, a ser escrito em futuro próximo nos livros de História do Brasil, com mais destaque do que o Diretas Já dos anos 80, é o ideal para discutirmos a associação entre estes quatro fatores humanos e políticos:


  • Liberdade;
  • Legalização ampla geral e irrestrita;
  • Valores da Sociedade;
  • Domínio Próprio;


Comecemos com a ...

Liberdade

No entender a nível bem infantil, Liberdade seria "fazer tudo o que se quer, onde quiser, com quem quiser, onde for e na hora que bem querer". Vamos ver como é isto realmente. Se assim o fosse, você ou outra pessoa poderia ser vítima do outro, pois sendo este último "tão livre quanto você", a parte da definição que diz "com quem quiser" poderia se referir à sua pessoa, e talvez você pudesse não gostar. É justamente, a princípio, esta relação do QUEM, a mais provavelmente conflituosa. Para evitar os CONFLITOS DO QUEM (como vamos denominar), foi que se desenvolveu a ...

Legalização

Vamos prosseguir. Foi naturalmente, e em função do QUEM, que se desenvolveu a doutrina do Direito, que gerou as Leis desde a antiguidade oriental, a partir das civilizações mesopotâmicas. Estas leis vieram consolidando os usos e costumes naturais de aglomerados humanos em códigos escritos. Nelas se encontra um pouco do registro do que é natural no sentido humano e do convívio de pessoas como nós, ressalvadas as diferenças nos aspectos tecnológicos e de evolução das relações humanas em função destes.

O Brasil já tem uma das constituições mais extensas do mundo. A americana tem apenas 13 páginas, no entanto nela já constam os mecanismos de regulamentação da eleição, coisa que é feita em separado no código eleitoral brasileiro. Aliás, uma das coisas que torna um inferno a interpretação das leis brasileiras é a tal Regulamentação. Esta, geralmente, vem muito depois da lei, com um detalhamento dos procedimentos para se aplicar essa.

Em nosso país, a sede e a fome de se colocar tudo descrito em Regulamentos, Normas e Procedimentos leva a textos repletos de brechas para duplas e as vezes triplas interpretações, coisa que possibilita, no final, colocar um preso perigoso em regime de prisão não fechado. Isto pode comprometer ...

Os Valores da Sociedade

Sendo nossa sociedade uma amálgama de nativos, colonizadores e imigrantes, abrigamos uma quantidade de culturas e, pela extensão territorial, variações linguísticas por vezes pitorescas. E nesta amálgama encontramos apenas convivência, pois não cultivamos valores de uma Nação genuína. Não temos ícones como os tem os americanos e Europeus. Aliás, cultivamos o perverso hábito de ridicularizar e destruir os ídolos, ao menor erro que estes cometam.

Os valores que uma Nação almeja ter para ser unida e estável tem que superar coisas voláteis e passageiras como jogadores de futebol e congêneres. O samba também já representou valor nacional. Uma nação, para ser forte, precisa cultuar figuras públicas de destaque, notoriamente no campo da construção política. Personagens como Marechal Deodoro, Floriano Peixoto, Garrastazu Medici, Ernesto Geisel, João Batista Figueiredo, Fernando Collor, José Sarney, Fernando Henrique e Lula ascenderam ao poder e saíram levando nas costas o ódio ou desprezo do povo.

Se procurarmos escritores, elementos do segundo escalão dos elegíveis a ídolos, poderemos ter um Machado de Assis, um Carlos Drummond de Andrade, etc. Mas apesar de muito bons, o povo não os cultua. E não o faz porque estes não tem valor ? Absolutamente. Não os cultuam porque não lhes dão o devido valor. É diferente.

Os valores do brasileiro estão fortemente inclinados ao consumo. A cultura é pouco valorizada. Alguns dirão que aqui se faz muita novela, muita música, mas estas modalidades apenas espelham o modo de viver, e não valores de uma nação. Estes são fundamentais para que os indivíduos, feitos cidadãos, possam formar o quadrilátero sólido sugerido por este artigo.

Domínio Próprio

O Domínio Próprio é a habilidade de se constituir em uma pessoa ou cidadão capaz de viver consigo mesmo e conviver com os outros harmoniosamente. Num estágio mais avançado, o indivíduo se torna capaz de realizar e conquistar qualquer coisa.

A Liberdade Plena

Muito se diz que o ser humano encontra a felicidade na Liberdade Ilimitada. O Brasileiro tem dificuldade de obedecer às leis, mas quer constranger os OUTROS a obedecê-las. Isto é sabiamente expresso no ditado:

O Maior Devedor é o Pior Cobrador

No início do artigo falamos sobre o conflito do QUEM. Acrescente-se a isto a busca da felicidade. Ora, não existe "Liberdade Ilimitada", pois não existe Conquista ou Descoberta, já que NÃO HÁ RECOMPENSA ONDE TUDO PODE. Se entrarmos num estado do TUDO PODE, mais nada haverá a Conquistar e mais nada haverá para Descobrir.

A Conquista do Domínio Próprio

Após falar das Conquistas, acúmulo de experiências bem sucedidas na vida do indivíduo, chegamos ao Domínio Próprio, que seria o acúmulo de experiências esclarecedoras dos propósitos e sentidos mais elevados da vida humana. Conquistar este Domínio Próprio nos torna capazes de esperar por até um dia inteiro numa fila, ou executar um trabalho de paciência que todos se recusaram a fazer pela sua complexidade, que implica em longa dedicação em termos de tempo. Assim se formam os excelentes profissionais e artistas de renome, bem como empresários bem sucedidos.

As leis são regras importantes para o exercício do indivíduo no contexto social, de forma que se forme nele uma ética, precursora de algo mais profundo e pessoal, que é o Domínio Próprio.

Como verificar se uma pessoa tem este Domínio

Somente com um convívio relativamente próximo é que se pode verificar certos traços do "modus vivendi" de uma pessoa, ou através de informações confiáveis. E neste "modus vivendi" vamos avaliar se:


  • A pessoa coloca para si vários objetivos, mas não chega a nenhum deles;
  • Promete coisas que não pode fazer, confiando que pessoas à sua volta farão por ela (repassador de objetivos);
  • Transfere para si o crédito das idéias que outros tiveram;
  • Não gosta de receber e cumprir ordens coerentes com o contexto em que está inserido;

Estes "requisitos" se parecerem mais com aqueles de uma pessoa que não tem caráter. Quando se fala em Domínio Próprio, imaginamos que quem não o tem é aquela pessoa descontrolada, que grita, que esbraveja, que puxa os cabelos. No entanto, este é o caso de estressados, gente no limite, que talvez, por ter justamente caráter, fica indignado com aqueles que, parecendo controlados, serenos, são realmente preguiçosos, omissos, venais e desonestos.

O falto de Domínio Próprio é como um doente, calculista, psicótico, que inventa desculpas, subterfúgios e
estratégias para fugir da situação. E é justamente nesta FUGA que reside a maior evidência de sua falta de Domínio sobre si mesmo.

Obedecer ordens

O ato consciente, crítico e voluntário de obedecer ordens é resultado de um equilíbrio muito bem estabelecido entre:


  • Domínio Próprio;
  • Liberdade;
  • Reconhecimento de Leis, sejam naturais ou humanas;
  • Valores do Indivíduo;


É justamente outra faceta daquilo que estamos abordando aqui.

Quando se diz OBEDECER, o indivíduo SEM VALORES julga que sua LIBERDADE está sendo tolhida. A falta de conhecimento, ou se há conhecimento, a falta de poder de interpretação das leis naturais, como de convivência, de construção da sociedade, e do trabalho em grupo pode levar o indivíduo a não compreender porque alguém está mandando nele. Isto é fruto de uma falta de educação familiar ou, se ela existe, fruto da falta de Domínio Próprio, pois este indivíduo PRECISA DE UMA INTERVENÇÃO PROFUNDA EM SEU CARÁTER. Alguém como ele precisa passar por uma grande dificuldade para quebrar seu orgulho, pois as pessoas são diferentes.

Dificuldades na infância podem traumatizar ou ensinar. Já as dificuldades já quando a pessoa é adulta traumatizam menos do que ensinam. Portanto, as dificuldades, no momento certo, aumentam o Domínio Próprio, contribuindo para que a pessoa tenha facilidade para Obedecer Ordens.


Liberdade, Legalização e Domínio Próprio

Por um acaso poderíamos chamar de LIVRE um indivíduo que pode recusar a fazer qualquer coisa que se lhe manda fazer ? Antes conhecemos este tipo como desobediente ou preguiçoso. O Domínio Próprio possibilita ao indivíduo obedecer às leis, pois tem a capacidade de se submeter às ordens, regulamentos, leis e congêneres.

Mas a excessiva Legalização pretende substituir o Domínio Próprio por uma obediência forçada. O Domínio próprio, em relação aos aspectos sociais (e não criminais), não deve ser cultivado na lei, e sim numa formação proveniente da existência de valores individuais e nacionais. Existem "modus vivendi" culturais que absolutamente não tem que estar descritos e regulamentados em códigos de leis, pois desta forma estaríamos definido a cultura do povo em leis, e isto já existe no seio da Nação formada.

Se um grupo almeja a legalização de algo que SÓ ESTE GRUPO COMPREENDE, não estaremos criando uma Lei para a Maioria, princípio da Democracia, e sim agindo como Ditador. Que esta Lei valha apenas para aquele grupo, que ele forme uma Nação separada, ou adote costumes culturais próprios, coisa que não se coloca em lei, como já explicado. Ditadura também é tornar as exceções em regra, o que é um absurdo já em sua lógica visceral. É como o caso da fábula do Lobo que perde o rabo e pretendia que todos os membros do grupo cortassem aquele "membro inútil" por vontade própria.

Ao Domínio Próprio não se pode pedir que aceite um uso cultural totalmente fora da lógica de seus próprios usos, fazendo este outro uso CONSTAR DA LEI. A Lei de um país pode até mencionar coisas gerais como TOLERÂNCIA, mas não OBRIGAÇÃO em termos culturais.

Lei e escravidão

"Onde tudo é legalizado, o indivíduo se torna um escravo".

A um número pequeno de leis podemos chamar Princípios. Uma tribo vive de princípios, pois tendo tradições que vem de longa data, ninguém se sente inclinado a registrar em escrita aquilo que é plenamente conhecido por todos.

Quando as leis são muitas, os indivíduos precisam de uma memória prodigiosa, e de muita RAZÃO. E Razão e memória em excesso só serve para confundir e atrapalhar. Multiplicam-se as situações, as exceções e as numerosas e perigosas interpretações. O indivíduo se torna um escravo da constante consulta às leis escritas, e só os versados e estudiosos conseguem atingir um nível de análise da situação e seu encaixe às leis.

Os mandamentos da Bíblia

Devido à esta complexidade, no Evangelho de Mateus Jesus dá um exemplo de Princípios básicos da Lei de Deus. Perguntado a Jesus:

Mestre, qual é o grande mandamento na lei?

Eis que Ele respondeu:

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Mateus 22:36-40

Este é um exemplo de princípio. A Bíblia contém numerosos mandamentos e estatutos, mas Jesus resumiu tudo em dois princípios básicos. Por exemplo, "não matarás", "não roubarás" e "não cometerás falso testemunho" remetem para "amar ao próximo como a ti mesmo".

Voltando à Legalização

Examinando a legislação brasileira, cujo kit básico é a Constituição, Código Civil, Código Penal, Código de
Processo Civil e Código de Processo Penal, temos um manancial de leis e regulamentações de difícil domínio, sem princípios muito resumíveis a menos de uma dezena. Se colocarmos toda nova tendência social ou costume neste kit básico, estaremos abrindo portões largos para interpretações oportunistas e as execuções da lei serão impraticáveis, devido às infinitas análises e interpretações possíveis, e teremos o caos social.

Um povo em estado de direito deve procurar compor suas leis e restringi-las, a um pequeno universo tangível de princípios fáceis de se perceber , compreender e APLICAR. As leis devem ter uma parte prática.

Conclusão

A fraca constituição deste quadrilátero no ser interno do brasileiro o fez se desviar mais facilmente da conduta adequada para a construção da Nação Brasileira.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Moisés, o Egito e o Deserto

A odisseia de 40 anos dos hebreus saídos do Egito (não falamos foragidos, nem exilados) tem um profundo significado de oposição aos valores da Civilização Egípcia, evoluída para a época, porém abominável aos olhos de Deus.

Vamos colocar estes valores frente a frente, para compreender o que Deus queria mostrar:


IMPÉRIO EGIPCIOD e s e r t o
Vida em cidades (Sedentarismo)Vida em Tendas (Nomadismo)
Dependência do NiloDependência de Deus
Deuses comparados a animaisHomem comparado a Deus
O estrangeiro é um inimigoO estrangeiro é um hóspede
Interpretação de divindades zoomórficasInterpretação da divindade como ela é, e não como o povo quer
Falsificação, exagero e destruição de registros históricosRegistro das Leis, Mandamentos, rituais e dos insucessos da Tribo e da comunidade
Apego aos lugares, xenofobia e falta de hospitalidadeDesapego, respeito aos usos e costumes dos citadinos da região.

A vida nas cidades

Não é novidade para o homem moderno os enormes problemas que uma cidade traz. A principal razão para isto é a CONCENTRAÇÃO DA RIQUEZA em uma região restrita. A tendência do homem de se aglomerar em cidades é outra faceta do episódio bíblico da construção da Torre de Babel. Por medo, preguiça e FALSA IDEIA DE PROTEÇÃO, o homem quer morar perto de onde provavelmente podem vir as riquezas. E aqui se manifesta o vaticínio de Jesus: "O amor às riquezas é a raiz de TODOS os males".

A cidade, a metrópole representa uma espécie de "deus coletivo", esculpido pelo próprio homem. Você já tinha parado para pensar nisto ? Em uma grande cidade, tudo está disponível para conforto do homem. Outros sempre produzem aquilo de que você necessita, o que consome, desde o essencial até o mais fútil artigo cuja necessidade é criada pela propaganda. Isto é tanto verdade que, as pessoas que priorizam sucesso, fama, riqueza, abandonam suas cidades pacatas para mergulhar na ilusão da Cidade Grande.

A vida em Tendas

Decerto que as tendas dos sultões árabes e até a de Abraão eram suntuosas e repletas de riquezas. Mas ali só podia haver o necessário, pois após a decisão de se mudarem, tudo tinha que ser embalado para ser transportado. A movimentação periódica possibilitava o conhecimento de outros lugares, outros povos. Isto significa desapego aos lugares. O que importava era estar onde Deus mandava estar.

A dependência do Nilo

Esquecendo que o rio só representa uma "facilidade provida pela natureza", os egípcios ENDEUSARAM a figura do Rio. Os homens que desejam uma vida mais fácil se estabelecem nas beiradas dos rios, pois sua fertilidade propicia as colheitas com mais facilidade. Isto mesmo considerando que era preciso estabelecer os canais de irrigação. Mas era mais fácil, e continua sendo, viver na beira de um rio.

A dependência de Deus

Na caminhada pelo deserto, sem um rio próximo, é preciso sobreviver à custa de Água Subterrânea. No deserto de Midiã, por onde andou o povo hebreu, encontram-se, de quilômetros em quilômetros, os poços
cuidadosamente cavados pelos nômades. Em determinados lugares a aflição do povo hebreu foi tamanha que eles protestaram contra Moisés, e ele teve que tirar (a célebre metáfora) Água da Pedra. Ele desvendou veios hidráulicos que correm em determinados trechos das rochas.

Você abrir a rocha, ou cavar um poço, sem estar vendo se ali realmente vai jorrar água, é depender de Deus. O rio é uma fonte muito fácil. Já as areias ou a rocha são para quem realmente está sob a dependência de Deus.

Deuses comparados a animais

É notório, entre os estudiosos de Mitologia, que os valores dos deuses eram mais facilmente inteligíveis através da sua comparação com os atributos dos animais, naquele estágio de verdades agrárias da humanidade. Hoje isto não seria possível, pois tem crianças que nunca viram uma galinha viva. Mas das simples metáforas animais, o povo interpretou verdades concretas, e os sacerdotes, coniventes com este proceder, pois atendia aos seus interesses e ainda incentivava o comércio de estatuetas. Um deus puramente espiritual não rende bens de comércio. Foi a dupla esperteza.

Homem comparado a Deus

As verdades mitológicas ensinam que o homem pode provir da coxa de um deus, do jorro de um lago, mas nenhuma doutrina tem a coragem de dizer que "Deus fez o homem à sua imagem e semelhança", E o homem maldoso, por sua vez, não quer aceitar esta doutrina, pois vai lhe dar muito trabalho se alinhar à imagem de Deus, largando os intuitos perversos de seu coração.

O estrangeiro

Por estar em sua própria terra, onde nasceu, e achar que ela é sua, o homem sedentário cultiva um sentimento exacerbado de territorialidade. O estrangeiro no Egito era considerado um espião, um inimigo, uma ameaça. E a doutrina judaica ensinava justamente o contrário, a ser hospitaleiro, pois "pensando receber um hóspede, você pode estar recebendo um anjo".

Interpretação da divindade

Este é um conceito ligado ao que já falamos sobre os deuses comparados a animais. E o conceito ficou, e os sacerdotes nada faziam para levar o povo ao entendimento correto da divindade. Já as escrituras sagradas chegam até a falar de um deus CIUMENTO. Pelo mandamento de "amar a Deus sobre todas as coisas" se compreende que Deus quer uma relação exclusivista. Um egípcio jamais absorveria tal verdade. Ele chamaria Deus de egoísta, como algumas pessoas da nossa era moderna também fazem.

Registros históricos

Os egípcios só registravam aquilo que lhes interessava e, no caso das batalhas, exageravam a vitória, e falseavam suas derrotas. Já as escrituras revelam todas as falhas, todas as burradas e falta de visão do povo hebreu quando as cometiam. Os egípcios chegava a apagar de seus monumentos os nomes dos faraós desafetos, como o provam as marcas de ferramentas de ponta em determinados trechos dos hieróglifos. Isto é a prova de que os egípcios tinham um espírito fraco, medroso e contemporizador com o poder.

Apego aos lugares

Os egípcios variavam de preferência em relação aos seus deuses de acordo com a cidade ou região do Império. Ou seja, havia deuses regionalmente mais fortes em determinados lugares. Já os hebreus, com um deus Único, podiam ir a qualquer lugar, pois a morada dEste deus estava (e está) em seu coração, e não varia de região. E este desapego aos lugares facilitava o desenvolvimento do seu dom para os negócios, para o comércio. Ao contrário do que se pensa, este dom vem de longa data, e não resultou das proibições de exercerem as profissões comuns entre os povos.

Conclusão

Deus permitiu que os hebreus vivessem tantos anos entre os egípcios para mostrar como o homem, sem Deus, tende a fazer tudo ao contrário do que Ele deseja e estabeleceu como correto.







sábado, 8 de junho de 2013

Os casos do ser humano e a Fé

É o que mais fazemos durante o dia: uma conversa aqui, uma conversa ali, ouvimos um caso de um, mais um de outro, e por aí vai.

Quantos casos e histórias de amigos, colegas, vizinhos, companheiros, maridos, esposas e filhos ouvimos ? Incontáveis. Na maioria das vezes, damos crédito a eles. Quando o narrador é um contumaz mentiroso, desprezamos, em silêncio suas histórias, pois a comunidade já o conhece.

E as histórias escritas ? Os cronistas, jornalistas, cientistas, sociólogos, antropólogos, médicos, engenheiros, etc, descrevem seus casos em livros, e querem que acreditemos neles, pois isto contribui para a sua fama.

Antropólogos

O antropólogo escreve que o homem descende do macaco, e se apóia em Darwin.

Médicos

O médico escreve que a gripe é causada por vírus, seres invisíveis aos olhos.

Engenheiros

O Engenheiro escreve sobre a resistência dos materiais, e afirma que metal e concreto seguram uma edificação.

Cronistas e jornalistas

Estes escrevem sobre algo que chamam de fatos que, segundo eles, aconteceram.

É tudo isto verdade ?

Pois bem, e muitos destes que escrevem, dizem que o que escreveram realmente aconteceu, que eles falam a verdade.

E a Bíblia ?

Pois bem, nenhuma das obras de qualquer destes tipos de escritores,  QUE SE ACHAM MUITO CONFIÁVEIS, atingiu a tiragem da Bíblia Sagrada. Eles querem que acreditemos neles, mas na Bíblia não. Não dizemos isto em relação a conteúdo, tão fantástico quanto se crer que um macaco pode virar homem, ou dois neutros colidirem e formarem anti-matéria, ou crer que um pequeno vírus pode nos fazer ficar doentes ou até nos matar. Dizemos isto em relação à CREDIBILIDADE.

Qual é a moral do homem para dizer qual obra é CONFIÁVEL, DIGNA de CREDIBILIDADE, se o seu currículo é de mentiras e destruição ? Os escritores HUMANOS, que dizem não haver um deus querem que neles se creia mais do que nos escribas a serviço de Moisés, que foi educado na corte egípcia, e que foi guia e legislador de nada menos que o povo judeu, o povo mais evoluído da terra, nação de onde vem dezenas de prêmios Nobel, cientistas, médicos, etc. Os críticos da Bíblia são realmente uns MEDÍOCRES e PRETENSIOSOS.

Quando surgir um escritor que consiga vender (a Bíblia é doada ou vendida a preço de custo) uma quantidade de um único livro seu maior do que os exemplares da Bíblia, talvez ele mereça credibilidade para ser ouvido.

A Bíblia é o único livro em que o narrador admite, jogando pedra no seu próprio telhado de vidro, que é um ser fraco, nu e miserável. Nas demais obras, o homem não revela sua real natureza. Os livros de auto-ajuda falam o que o leitor quer ouvir. Já a Bíblia toca nas feridas, hipocrisias e perversidades dos seres humanos.

Conclusão

Por que devemos acreditar em outros livros mais que na Bíblia ?


O ser humano se acha

De onde viemos

Sob a nossa humilde visão, viemos de lugar nenhum. Éramos NADA antes de ser ALGUMA COISA.

Na busca por suas origens, o homem procura sua MATÉRIA-PRIMA, ao invés de procurar sua essência. Até a ÁGUA SANITÁRIA sabe mais do que nós, pois veio do CLORO. E nós, viemos de que ?

Para onde vamos

Isto é certo, para uma resposta fácil, vamos para a MORTE. Mas não sabemos como é este nosso novo estado.

Onde estamos

Estamos VIVOS, AQUI e AGORA, mas este não é um contexto firme, pois mesmo sentados e inativos, estamos "sobre a esteira móvel do tempo".

A jactância do homem

Ora, alguém que não sabe de onde veio, nem para onde vai e tampouco sabe onde está, o homem, em suas colocações e seu modo de vida IRÔNICO, ARROGANTE, ANÁRQUICO e achando que é LIVRE, é muito TOLO.

O homem procura apoios psíquicos exclusivamente no MUNDO FÍSICO, em verdades físicas, ou em conceitos CURTOS e INCOMPLETOS:


  • A vida é uma luta;
  • A vida é passageira;
  • Se eu fizer o bem vou viver bem;
  • O importante é a saúde, pois sem saúde não se faz nada;
  • Não faço mal a ninguém;
  • Viemos dos seres unicelulares que evoluíram;
  • Viemos do espaço sideral (passaram o problema para outro planeta, mas seus habitantes tem a mesma dúvida);
  • Encaro Deus como uma ENERGIA que está no mundo;

Na antiguidade os homens reclamavam que os Sábios e Doutores falavam por metáforas. Eles diziam querer compreender as verdades. No entanto, à medida em que se foi popularizando a ciência, os homens foram se desinteressando dela, fazendo piadas e duvidando de tudo, a ponto de DUVIDAR QUE O HOMEM FOI À LUA e de outras coisas.

Não estranhem se um dia duvidarem que Ulisses Guimaráes, Abraham Lincoln, Cleopatra e Jesus existiram. E isto é coerente com o pensamento do pobre e insignificante homem que:


  • Não sabe de onde vem;
  • Não sabe para onde vai;
  • Não sabe onde e como está;


Sem estas três certezas, o homem passa a duvidar de tudo, até de um Criador, coisa ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA PARA QUE ALGO EXISTA. Esta incerteza é que produz os gozadores, os escarnecedores, os debochados e os revisionistas. Se você ouve alguém que não sabe estas três coisas, você é como alguém que entrega a direção do seu veículo para alguém que não sabe dirigir.

Qual é o caminho ?

Se o mundo físico, com suas verdades físicas, não serve como fonte das respostas, precisamos achar a essência da vida. O mais importante no perfume é o seu cheiro. O homem que procura viver baseado em conceitos CURTOS e INCOMPLETOS é como o perfume que se acha muito bonito e importante POR CAUSA DE SUA COR ou de sua EMBALAGEM. Este é o diagnóstico mais próximo da verdade em relação ao homem TOLO.

Portanto, basta que o homem procure aquilo que pode ser comparado ao CHEIRO do perfume, e não à sua COR ou EMBALAGEM.

Embalagens

Não é preciso ser muito esperto para saber o que é EMBALAGEM para o ser humano:


  • Pele;
  • Roupas;
  • Calçados;
  • Relógios;
  • Carros;
  • Casa onde mora;
  • Esposa ou marido (pois pasmem, para alguns estes são ornamentos e não fatos da vida);


O mundo está cheio de gente que vive de aparências.

A alma

A alma é a verdade mais real do ser humano, pois é aquilo que o mantém vivo. Mas como NÃO SE VÊ, não é levada em conta, ninguém lhe dá valor, e alguns dizem que ela não existe. Ora, como gerações perversas da qual fazemos parte, os valores VISÍVEIS são mais levados em conta do que os valores REAIS (não digo invisíveis).

Se você se levanta da cama pela manhã, ALGO o impele a fazer isto. Alguém diz então: é a minha vontade. Mas até os livros de Física, frutos do tangível, do visível, do físico (como o próprio nome diz) falam de uma Energia.

A alma é algo que recebeu uma ENERGIA que veio de uma FONTE INVISÍVEL.

A prova da Alma que habita em nós é o fato de pensarmos ("penso logo existo"). Mas além disto está o fato de nos alegrarmos, de sentirmos tristeza e de nos sentirmos CULPADOS. A alegria e a tristeza podem ter curta duração, mas a CULPA pode ter uma longa duração, ATÉ POR UMA VIDA INTEIRA.

Conclusão

Já que temos a ALMA como uma vizinha tão próxima (dentro de nossa "casa"), se ela é que nos mantém vivos (esta "ENERGIA"), vamos buscar nela as respostas. Vamos atrás do CHEIRO, e não da Cor e nem da Embalagem. A embalagem pode se quebrar, mas derramado o perfume empresta o seu Cheiro e, em última instância, a sua Essência, a sua Composição Química.

Lembre-se:

O Tolo valoriza a Embalagem, o SÁBIO valoriza o Cheiro.



domingo, 21 de abril de 2013

O que a Internet tem a ver com a Fé ?

A Fé é a Esperança naquilo que não se vê.

O Apóstolo Tomé queria provas de que realmente Jesus, ao se apresentar a ele e aos outros apóstolos, tinha na mão as marcas dos cravos utilizados na crucificação. Segundo Jesus, isto é uma coisa condenável no terreno da Fé. Ver para crer ? Se você vê, não há Fé. Ela precisa nascer de da convicção, da intuição e de uma certa lógica.

O ser humano pede provas científicas. Onde está a Fé, após ver estas provas, para quem não crê se elas não forem apresentadas ?

Mas o que tem a Internet com a Fé

Estamos naquele tempo em que a Bíblia declarou que "a terras se encheria do conhecimento de Deus". E realmente, procure qualquer coisa no Dr. Google, e você vai achar. Inclusive provas de que a Arca de Noé existiu, que existe realmente uma passagem rasa na praia de Nuweiba, por onde Moisés e o povo hebreu passaram no Êxodo, de que há restos das carruagens egípcias neste mesmo Mar Vermelho, que a Biologia Molecular mostra que o nosso corpo é gigantesco e cheio de "máquinas", etc.

Portanto, para esta geração existe menos "crédito da Fé". O que é isto ? É a capacidade de crer SEM VER. As gerações passadas sabiam crer SEM VER.

Cremos nas verdades matemáticas, e as entidades das quais elas tratam nem sequer existem. Já o Deus Criador, que deixa evidências na natureza não goza da credibilidade geral.

A geração atual quer, provavelmente, que desça-lhe um anjo na frente, para que possam Crer em Deus. As Provas Materiais que as pessoas querem já dizem tudo por si mesmas "...Materiais", ou seja, é o Materialismo.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Gênesis - I - O significado de Gênesis do hebraico e o Nada


A primeira palavra do Gênesis, capítulo 1, verso 1, representa literalmente "em/quando princípio".

Após muita meditação e estudo de qual seria a idéia de um Princípio, chegamos à conclusão que a
melhor expressão para compreender este seria "Por princípio", ou seja, como ponto de partida.
Os judeus são um povo pragmático, talvez por isto tenham conseguido sobreviver e realizar muito mais que qualquer nação do mundo. Então, sob este ponto de vista, o escriba bíblico simplesmente deixou de lado as hipóteses científicas da época, para ir ao Ponto Principal: os acontecimentos, a crônica da Criação.

Acrescente-se a isto o fato de que material para escrever (de origem vegetal), era difícil de preparar, então eles tinham que ser sucintos.

Mas se você quiser ter uma ideia de como Tudo pode ter surgido do Nada, existem 2 textos que
"encostam" na verdade do que pode ter acontecido. Estes textos fazem a mente ir no profundo do
Nada, acabando por elucidar a natureza do método como Deus cria as coisas.


São eles:

1 - O NADA e o TODO:


2 - Como o Nada pode ser classificado como um Sistema:


A misteriosa quarta palavra do Gênesis 1:1

A partícula "at" é a quarta palavra do Gênesis 1:1. Ela guarda uma evidência de uma afirmação comum aos judeus antigos, de que:

Deus fez o Universo das letras hebraicas

Interessante. Isto coaduna com afirmativas como a de Jesus "Eu sou o Alfa e o Ômega". Alfa é a primeira letra grega e ômega a última. Jesus também é apresentado como o Verbo. Verbos e ações são representados por palavras, construídas com letras, expressão sublime da capacidade que difere o homem dos demais animais.

Pois bem, esta quarta partícula "at" representa a primeira letra do hebraico (Alef) do lado da última (Tav). Ou seja, sob esta ótica, Deus criou o alfabeto, e com ele Deus criou tudo. O alfabeto tinha que vir antes, para que tudo o mais, que Deus criou com uma simples ordem, pudesse existir posteriormente. Sabemos que isto é como uma loucura, mas vale a pena ir tão fundo nestas verdades fantásticas.

A real função sintática da partícula "at" é representar a forma de verbo conhecida como acusativo, ou seja, em seguida a ela vem o objeto direto do verbo que a precede. Mas também valem as nossa conjecturas.

Dizer que Deus fez o que existe no Universo a partir do alfabeto hebraico é muito sublime.

A ordem de criação

Em primeiro lugar Deus criou os céus, depois a terra. Ou seja, os céus aparecem como um símbolo das coisas espirituais. A terra inclui nosso planeta e seus semelhantes, e as coisas seculares (mundo material).

E aqui já existe uma coerência com o que a de vir escrito. Céus em hebraico é "shamayim" e águas "mayim". Nos céus hebreus está contida a água, e mais à frente, no texto, se diz que Deus separou as "água de cima" das "águas de baixo" do firmamento.

Lendo em hebraico o texto bíblico, aparecem os trocadilhos e rimas que tornavam e tornam possível ao hebreu, e ao judeu, guardar facilmente as escrituras.

Uma terra sem forma e vazia

No hebraico, a expressão "sem forma e vazia" forma um trocadilho "Tohu vaBohu" ( o "va" corresponde à conjunção coordenada "e" ). è preciso meditar nesta expressão, para saber a ideia que conduziu o escriba hebreu a fazer tal trocadilho. A resposta se encontra mais à frente, onde é dito "Haja Luz", ou seja, o que estava debaixo da escuridão foi revelado, porque antes não se via. E ao que não se vê o hebreu se referiu com a expressão "sem forma e vazia", ou seja, algo que AINDA não se via.

Aqui cabe ressaltar que em um mundo com vocabulário muito mais modesto do que o atual, pelo fato do uso das línguas ser mais local, e pelo fato de existirem menos situações de interação internacional, certas idéias ficavam ofuscadas pela falta de habilidade linguística para expressar determinadas ideias. A expressão "sem forma e vazia" é uma delas. Outros exemplos são "águas que estão em cima do firmamento" e "águas que estão embaixo do firmamento". 

Por exemplo, como um hebreu se expressaria para dizer "campo magnético" ? Quem sabe "uma força que empurra vinda do que não se vê" ?

Em contrapartida, hoje temos vocabulários em português, um dos mais ricos, alemão e inglês, que conjugados, dão aos filósofos palavras quase absolutamente precisas para descrever as coisas mais extraordinárias de nosso mundo.

O indiano S. R. Ranganathan, entre outras coisas estabeleceu que, se uma coisa não se parecer com uma que já existe, não conseguiremos descrevê-la e, por isto, tampouco poderemos constatá-la. Então pense na dificuldade do hebreu em descrever as verdades astrofísicas sem antes ter adquirido os conhecimentos de séculos e séculos de Astronomia.

O NADA

Em suas especulações filosóficas partindo apenas de palavras e falsas oposições substantivas, os estudiosos estabeleceram que "O NADA É A OPOSIÇÃO DO TODO". Um texto explica como esta abordagem é inválida, e não mais se aplica.

http://estudosbiblicosmeyer.blogspot.com/2013/01/o-nada-e-o-todo.html

Onde existe um observador presente, não existe aquilo a que chamamos de NADA. É este paradoxo que emperra a mente humana, e faz o Gênesis, para quem não se propõe a expandir a mente, parecer absurdo. O NADA, para um contexto em que Deus existe é simplesmente uma coisa inválida. É apenas uma palavra sem sentido.












sábado, 2 de março de 2013

O Apocalipse e as Redes Sociais

O Livro do Apocalipse (Revelação) anunciou por suas palavras que

"E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" .

Hoje, ainda ignoramos que livros são estes. Mas não é porque desconhecemos quais são que estamos justificados pela ignorância, POIS NÓS ESTAMOS ESCREVENDO OS LIVROS DE CADA UMA DE NOSSAS VIDAS. Faz sentido ?

A lei brasileira

Código Penal Brasileiro: Art. 186 - “o silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa”.

Este artigo é amparado pela Constituição Federal em seu artigo 5º.

Ora, então nós brasileiros, pelo menos, estamos sujeitos à lei voluntária de silêncio. Silenciosos sobre nossos pecados, não podemos ser condenados, senão através do testemunho de outrem. O ser humano inventou esta Lei para tentar se manter inocente, mesmo consciente de sua própria culpa, no que podemos chamar de OMISSÃO AMPARADA PELA LEI.

As Redes Sociais

Mas o que acontece hoje em dia ? Parece que o Destino foi sábio em inventar uma forma de coletar provas através da VAIDADE humana. Nas Redes Sociais, os indivíduos não tem a menor inibição, e não desejam manter o silêncio de jeito nenhum. O SILÊNCIO NAS REDES SOCIAIS NÃO RENDE APLAUSOS, então eles saem falando o que lhe vai pelo coração sem o menor escrúpulo.

Só que, uma vez escrito, está registrado, e existem acordos internacionais de armazenamento do que é escrito nos diversos meios digitais, para uso posterior por autoridades policiais.

Deixando de lado as autoridades, vamos ver o que O MAIOR TRIBUNAL DO UNIVERSO pode fazer com isto.

O Dia do Juízo Final

Amparado pelo versículo citado do Apocalipse, e lembrando que Deus é Justíssimo, posso imaginar o Criador ou um de seus anjos (infinitamente mais sábios que os homens) pensando, há muitos anos atrás: "Tenho que arranjar uma forma de registrar o que pensam os homens, dado que são muito mentirosos". Daí, Ele colocou na mente de alguns homens a invenção da Internet, e chegamos aqui.

Mentira e Vaidade

O homem é mentiroso, daí quer esconder o que faz de errado, de condenável. Mas então sua vaidade diz: "Mas se eu esconder, que fama eu ganho ?" Então sua vaidade o faz jactar-se de ter feito isto ou aquilo, e inventa mentiras, pois pelo menos parece que fez algo importante, que é alguma coisa.

As Redes Sociais

Daí, o homem mentiroso mas vaidoso, ou só vaidoso, coloca estas coisas que você vê nas Redes Sociais: gracinhas, palhaçadas, ironias, escarnecimentos contra a figura de Deus, ofensas, etc. Ótimo, fica tudo registrado.

Conclusão

Ficando tudo registrado, em meios digitais, aos quais Deus tem acesso, o Juízo Final fica fácil. Lembre-se: Tudo o que você escreve, tudo o que você assina, ou deixa de assinar, fica registrado nos Bancos de Dados de Deus.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Por que os nossos olhos são apontados para fora

Nossos sentidos existem para auxiliar a razão a complementar um conjunto de referenciais para nos situarmos em todos os momentos. Durante o sono, parte deles adormece, pois não é preciso manter ligado o Sistema completo de referenciais, já que estamos deitados e em repouso.

Consciência

A constante sinalização deste conjunto de referenciais é chamada de Consciência. É um estado tão complexo e constante, que não pode ser "fotografado". O principal sentido que contribui para o estado de consciência é a Visão (deixando de lado o problema da cegueira). Este sentido é tão complexo que consome 80 % do processamento cerebral. Ao fecharmos os olhos, portanto, estamos economizando uma quantidade enorme de processamento cerebral. Daí o fato de que nosso Sono é precedido pelo fechar dos olhos.

Ver e olhar

Temos então o primeiro princípio do ver e do olhar: olhamos para auxiliar o processo constante da consciência. O segundo é o obvio "olhar para fora".

Consciência Interna

Nossa consciência interna, pelo menos orgânica, esta a cargo de um tal Sistema Vago, uma parte do Sistema Nervoso que cuida do monitoramento de nossas funções fisiológicas involuntárias. Mas ele monitora nosso corpo até um determinado ponto. No caso das doenças, "NÃO VEMOS" a mesma se instalando.

O ser humano, ao constatar que não consegue tomar conta Conscientemente, de seu interior, entende que NÃO CONTROLA A SI MESMO.

Consciência Externa + Consciência Interna

Ora, temos um olhar para fora, natural, ligado à Consciência Externa, e um Sistema Vago que monitora nosso corpo, mas não gera Consciência Interna. Podemos então dizer que sabemos mais, visualmente, sobre os OUTROS do que sobre NÓS MESMOS.

Se quisermos ser "imediatamente Bíblicos", é só lembrar dos dois grandes mandamentos sintetizados por Jesus:

Amarás a Deus, de todo os seu entendimento, e amarás ao próximo como a ti mesmo

Os mandamentos do decálogo que dizem para (1) Não matar, (2) Não adulterar, (3) Não furtarás (4) Não proferirás falso testemunho, (5) Não cobiçaras podem ser resumidos como o fez Jesus. Não venham dizer que Ele veio mudar os mandamentos, pois Ele mesmo veio "para confirmar a Lei e os Profetas".

Os OUTROS, citado acima, constituem um grupo a que Jesus chamou de "O PRÓXIMO".

Nossa Consciência Externa está amarrada mais aos outros do que a nós mesmos. E por que ? Para que o AMAR AO PRÓXIMO se estabelecesse como verdade, desde a criação do mundo.

A influência dos Outros

Os outros participam de nossa vida, e tem sua própria, influenciando nossa Consciência de duas formas:


  • Nos influenciam;
  • Servem de ESPELHO para verificarmos como estamos indo.


A influência deve ser benéfica. E ela pode ser discernida pela Consciência baseada na justiça. Se a influência é para prejudicar os outros, ela é má. Discernimentos mais profundos, como a Omissão (o que fazemos não parece prejudicial) dependem de graus de amadurecimento.

O outro é também como um espelho, através do qual comparamos os mesmos atos que fizemos ou vamos fazer, com os efeitos obtidos.

A influência deve ser direção clara, e não uma muleta. A direção clara se baseia em esclarecimentos sobre muitos exemplos já disponíveis tanto na História Universal, quanto na História Pessoal de conhecidos comuns. A "influência muleta" é aquela que vem toda hora que a pessoa tem que tomar uma decisão simples. Ela não sabe o que fazer. Nunca foi estimulada a pensar e a tomar decisões. Sempre fizeram tudo para ela, ou ela se ligou a pessoas que GOSTAM DE DOMINAR.

Nas Forças Armadas, a influência se dá na base de exemplos e simulações de comportamento, com algo que beira o castigo flutuando como uma espada sobre a cabeça do soldado. Mas no caso do Soldado, ele escolheu esta "influência condicionante", pois do condicionamento é que vem a sua segurança em ação.

Olhar para construção da Sociedade

Suponhamos, por absurdo, que nossos olhos fossem virados para dentro do nosso ser. Amadureceríamos internamente, espiritualmente, mas isto não traria nenhum progresso para a Sociedade, pois não enxergaríamos o OUTRO. Tendo os olhos para fora, e portanto enxergando o OUTRO, construímos a tal Sociedade que contempla o BEM COMUM.




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O dia e a noite

Fenômeno extremamente natural, cotidiano e tido por maçante, o passar dos dias é algo que provocou a criação de ditados como:


  • Basta a cada dia o seu mal (Bíblia);
  • Nada como um dia atrás do outro;
  • Amanhã é outro dia.


O significado do novo dia

Para os hebreus, aquele momento em que o sol começa a reaparecer é um momento de revelação. Volte ao Gênesis, bem no seu início, quando Deus ordenou ao Universo: "Haja Luz". Todos os dias constatamos a repetição daquela ordem, talvez não com a essência de CRIAÇÃO propriamente dita, mas como uma REVELAÇÃO. Esqueça a iluminação pública (indisponível até Thomas Edison), e imagine que quando o sol se levanta, ele revela as casas, os prédios, as árvores, tudo que JÁ EXISTIA, mas não estava revelado neste novo dia.

Então vejam que, com um raciocínio absolutamente infantil, chegamos bem perto da verdade escondida por detrás do HAJA LUZ. Não foram necessários conhecimentos de astrofísica, pesquisas em laboratório, teses de mestrado e nem de doutorado. Todo dia experimentamos o Gênesis I, e nem nos damos conta disto.

E fisiologicamente ?

Já foi divulgado fartamente nos últimos anos, que o corpo (Templo do Espírito) precisa do período de sono para se refazer, e tal sono tem lugar, em condições naturais, à noite. A insônia é, mais que um problema de saúde, uma corrupção do momento certo da revelação do novo dia entre a natureza e o ser humano. À noite, durante o sono SEM LUZ, a glândula Pineal dá ordens ao corpo para iniciar os processos de manutenção dos seus diversos tecidos, porque percebe que a luz está ausente. Daí a recomendação dos médicos para que se escureça o quarto de dormir completamente.

Cotidiano, Medida e sequência

A sequência interminável dos dias (culminando com a morte) estabelece os nossos comportamentos e procedimentos repetitivos, aos quais chamamos Cotidiano, cuja interrupção é extremamente perigosa, fato comprovado pelos dois últimos pais que esqueceram os filhos dentro do carro, pois não tinham a tarefa de levá-los à escolinha como hábito. E a sequência dos dias vai estabelecendo a Medida do Tempo, necessária para compreendermos nossas mudanças, estabelecermos metas e etc.

Conclusão

Todos os dias, lembre-se que existe muito mais por detrás do novo dia, do só mais um dia.



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Nietzsche, malícia dos filósofos - Parte IV

Neste post ainda vamos conversar sobre a parcialidade ou imparcialidade dos filósofos.

Veja o que o "alemão bigodudo" diz sobre sábios:

"... os verdadeiros "interesses" do sábio se encontram geralmente noutra parte ..."

Ele está lançando a indireta de que o sábio direciona seus discursos e teses para prestarem um serviço a si mesmo. Falando de filósofos gregos, podemos garantir que não. Havia a busca pela compreensão do contexto ao seu redor. Pode-se dizer que um tempo depois também havia a busca por ATRAIR DISCÍPULOS, ou seja, sem floreamentos, uma pequena VAIDADE.

Mas para cumprir esta vaidade, os valores e sistemas filosóficos tinham que ser bons, pois de outra maneira os discípulos se bandeariam para a oposição.

E novamente o alemão cai no problema da PARCIABILIDADE dos filósofos:

"No filósofo, nada há que possa ser considerado impessoal."

E completamos:

" ..., a não ser que ele seja um ROBÔ."

Acabamos de resolver o problema de Nietzsche neste sentido.


Dionísio

Dionísio era para os gregos o que Baco (deus do vinho, das festas e da insanidade) representava para os romanos. Foi criado pelas ninfas, por ordem de Zeus (que o concebeu em sua coxa).

Quando se diz que Epicuro (filósofo do prazer, do curtir a vida) fazia chacota de Platão, por motivo de inveja, chamando seus discípulos de aduladores de Dionísio, estava querendo colocá-los como seguidores de um prazer leviano, pois queria dizer aos outros que a filosofia de Platão nada valia. O próprio texto confirma isto.

Mas queremos falar da fixação de Nietzsche por Dionísio, uma das personalidades que assumia em seus delírios, conforme citado na parte I deste estudo. Pense o leitor sobre este fato. As pessoas assumem personalidades de seus mentores, de pessoas que admiram (ídolos), ou de alguém sobre quem tenham estudado mundo, ou de alguém a quem tenham combatido demais.

Pergunte-se:

É possível alguém admirar Dionísio, um deus do prazer, meio distante da realidade, pois vivia em transe, enebriado pelo vinho ? Não soa como algo muito esdrúxulo ? No caso de Nietzsche assumir a personalidade de Jesus em seus delírios de loucura, é compreensível pois, no fundo, suas idéias combatiam o que Jesus falou. Mas assumir a personalidade de alguém que era um mito "sem vida" (só existia na mitologia), é prova de uma insanidade.

Vejamos por atos de Nietzsche, como entra Dionísio em seus valores, para tentar achar explicação para isto.

Ora, nosso poeta alemão louco escreveu 9 poemas referidos como "Ditirambos de Dionísio", em que ressalta valores opostos ao cristianismo. E escreveu tais poemas por pretensa inspiração do próprio Dionísio. É isto razoável. Existe nisto uma racionalidade ?

É preciso ter muito cuidado quando você se torna combatente de uma ideologia ou filosofia que lida com o divino pois,

Ela pode te tornar demente

Epicuro e Platão

Este trecho é concluído mostrando claramente o motivo que deixava Epicuro com inveja de Platão.




quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Nietzsche, intenções subliminares - Parte III

Imparcialidade

A primeira frase sobre a qual nos iremos debruçar nesta parte III é:

"observei que em toda filosofia as intenções morais (ou imorais) constituem a semente donde nasce a planta completa"

Para quem já chegou aos 50 anos, percebe-se claramente a indireta de Nietzsche. Ele está dizendo que tem filósofos que constroem a sua filosofia baseado em seu código de moral. Um momento antes de prosseguirmos, para que citemos a frase de uma psicóloga especializada na corrente do psicodrama, em que o paciente age como ator, reconstruindo uma cena de sua vida:

"Quando você fala sobre alguma coisa, de certa forma está falando sobre você mesmo"

Pois bem, o que pensava Nietzsche ? Que o intelecto dos filósofos é parcial. E ele tem razão. Como quis dizer a psicóloga, NINGUÉM CONSEGUE SAIR DA PRÓPRIA MENTE E EMITIR UM PARECER. Até os ministros do nosso STF (Supremo Tribunal Federal), tendo à sua frente, TODOS ELES, a mesma lei, interpretam-na de forma diversa. Por que ? Não deveriam TODOS emitir a mesma opinião, já que suas fontes são as mesmas ? E por que o ditado: "cada cabeça uma sentença" ? Óbvio. Nenhum de nós é totalmente imparcial. Todos nós fomos educados de formas diferentes.

Então Nietzsche acusa os filósofos de serem o quê ? De serem humanos. E como veremos mais à frente, ele se acha um super-homem.


Condução da moral 

A pergunta "a qual moral querem conduzir-nos ?" é, de certa forma, uma continuação do raciocínio sobre imparcialidade. E ele prossegue, dizendo que não crê num "instinto do conhecimento". A primeira pergunta é uma forma de já desacreditar os filósofos. É um artifício linguístico que corresponde ao ato de colocar no coração do leitor a dúvida. O mesmo fez a serpente ao perguntar à Eva: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? "

Guarde bem. A tática dos enganadores é plantar a dúvida no seu coração. O alemão está colocando a dúvida no leitor do seu trabalho, para negar a existência de um "instinto do conhecimento" que seria o PAI DA FILOSOFIA. E logo depois ele faz um jogo de palavras em torno do conhecimento e dos instintos, imputando vaidade aos filósofos e uma espécie de apropriação dos instintos, cada um deles, para dentro de sua filosofia particular. Ele dá a entender que a Filosofia particular de cada filósofo nasce de seus instintos que, eles sim, querem filosofar.

Em resumo, os instintos são elevados ao cargo de Governadores da Filosofia.

Instintos

Vamos relembrar um dos pilares do progresso. O progresso, principalmente científico, vem justamente quando existe um nível de conforto e uma estabilidade tais que o ser humano pode se dedicar às atividades de planejamento e pensamento, porque não precisa lutar, a maior parte do tempo, pela sua sobrevivência. A sobrevivência é que ativa a camada baixa de nosso raciocínio, ou seja, os instintos. Nietzsche tenta complicar os fatores que levam a pessoa a filosofar. Os filósofos fazem filosofia quando os instintos estão adormecidos o suficiente para que a razão possa receber energia suficiente para começar a imaginar um mundo diferente, um PENSAR DIFERENTE. Se não houver nada errado acontecendo, os filósofos morrem de fome.

Mas ele quer atribuir esta inclinação do ser a um instinto ? Então nos encontramos um e queremos lhe dar nome. Nós vamos dar o nome de INSTINTO DE ... CONHECIMENTO, pois é justamente isto que o ser humano busca, quando não tem as tarefas maçantes para fazer. As pesquisas na Internet o provam, as estatísticas do Google o confirmam. Vamos perdoar Nietzsche, neste ponto, por não ter nascido nesta ERA DO CONHECIMENTO na qual vivemos.

Instintos no poder

Diz Nietzsche que nossos instintos querem predominar. Até aí é inteiramente aceitável sua proposição. Mas, em seguida, ele diz que este quer "aspirar a filosofar". Então fica evidente que ele não leu a história Universal até o ano de sua morte, e não presenciou o que viria a seguir. O imperador Alexandre, os imperadores persas, falando de história antiga, tinham os seus conselheiros para pensarem e proporem teses para eles. E na segunda guerra, Hitler tinha o seu "filósofo" Goebbels para propor teses.

O que queremos dizer, é que os seres humanos guiados por instintos, não pensam com clareza, e precisam de alguém que lhes sirva de "alterego ativo" no lado filosófico. Os instintos geram "calor" demais que estragaria a "sopa de temperatura certa" que é o lado filosófico. Querer que instintos filosofem é querer que o drogado consiga jogar paciência, coisa já demonstrada no canal Discovery com quatro indivíduos que consumiram drogas diferentes. É impossível.

Veja esta citação de Goebbels em 1934, para comparar ao que falou Nietzsche, e ao que expusemos acima:

"A propaganda jamais apela à razão, mas sempre à emoção e ao instinto."

Realmente os instintos não servem para criar Filosofia. Mas são a porta aberta para insuflar o engano na alma humana. Talvez Nietzsche estivesse profetizando o mau uso dos instintos não para fazer filosofia, mas para serem os germes da alienação do povo alemão. Ele dizia o que não sabia para que seria usado o alvo de seu ataque. Se o seu pensamento serviu para inspirar Goebbels, do ponto de vista que ele estava falando de cada cidadão como filósofo, então podemos dizer, entre outros pensamentos que este filósofo propagou, que ele foi um dos inspiradores do Nazismo.

Continuação

Teremos mais imparcialidade e impessoalidade no próximo post.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A ideia de um Sistema do NADA

Para início de discussão sobre o NADA, em busca das origens do Universo, é preciso desligar sua ideia de algo puramente linguístico, e oposto ao TODO. Se conduzirmos nosso raciocínio desta forma, desenvolveremos um raciocínio muito mais lógico, pois a língua muitas vezes consolida vícios que passam a se constituir em axiomas inválidos.

Ideia e realização da ideia

A ideia é perfeita. Se alguém, num passado, concebeu a ideia de carro, esta em sua mente era perfeita. Daí este alguém chamou outro para construir aquilo que poderia corresponder à sua ideia. E vários protótipos são construídos de acordo com a ideia, mas o dono da ideia diz que "NÃO É EXATAMENTE ISTO O QUE EU PENSEI, É QUASE ISTO".

Neste terreno das ideias, ela é sempre perfeita. Os protótipos nunca atingirão o 100 % da ideia.

A ideia de NADA

Com base no exposto no item anterior, nunca atingiremos a ideia do NADA, por ser a ideia mais inatingível segundo nossa lógica humana de que podemos descrever apenas o que pode ser constatado pelos sentidos. Sentidos humanos não constatam o NADA.

Mas este Nada que falamos é o "NADA ausente". Este não nos serve. Este é indescritível.

Em busca das menores coisas

Entre os antigos gregos já se procurou o "menor bloco" de que são formadas as coisas. Achou-os Demócrito. E no século XX ainda conseguiram dividir este bloco. Depois disseram que ele alternava sua existência entre onda e matéria. Ficamos com a onda. Melhor ela, pois consegue explicar desde a radiação até a telefonia prática.

E a onda foi descrita, não com palavras, mas com equações de frequência, de comprimento de onda, em função da velocidade da luz.

E equações são somente ideias, segredo do sucesso da matemática em nossa realidade. Na matemática, uma IDEIA é PERFEITA, e sabem por que ? Porque não existem "protótipos" a se construir para um cálculo. O resultado é perfeito. Um exemplo:

Ao final de um complexo cálculo, achamos para o diâmetro de um tubo em milímetros o valor 0,7832184359274512744. Nenhum instrumento de precisão existente consegue medir o diâmetro com tal precisão, no entanto, o RESULTADO é perfeito

Chegamos então a demonstrar que a IDEIA é PERFEITA, e também que ideias matemáticas são perfeitas. Falta então obtermos, a ...

Ideia perfeita do NADA

Em termos científicos, as ideias são formalizadas matematicamente, e para realizá-las é concebido um Sistema. Um Sistema se constitui em meio de formalização muito mais sólido do que um mergulho cego em uma ideia.

Um sistema é delimitado espacialmente por uma linha fechada, como um retângulo, ou um círculo, contanto que seja uma região Fechada. Nesta região fechada, valem as leis do sistema. Fora dela suas leis PODEM ou NÃO valer.

O Sistema do NADA

Suponhamos que o Universo está contido dentro da região citada anteriormente, e que seus limites coincidem com a linha que delimita esta região. Como o Universo compreende coisas com existência, e obedece às leis de constatação dos sentidos, vamos supor que o NADA esteja do lado de fora.

Não vamos entrar em especulações de onde deve estar o NADA. Escolhemos, POR SUPOSIÇÃO, que o NADA está do lado de fora, simplesmente POR AINDA DESCONHECERMOS SUA LEIS DE COMPORTAMENTO. Quando tal coisa ocorre, é muito melhor compreender uma ideia por meio de delimitação de sistemas.

Pois bem, o NADA está do lado de fora do Universo, e suas leis são desconhecidas.

Vamos supor que queremos introduzir o NADA em nosso Sistema - o Universo. Como ele pode possuir leis opostas (tal como parece pelo seu nome) às do Universo, temos que impedir que ele entre em contato com as entidades do Universo. Como podemos fazer isto ?

Veja o desenho abaixo (puramente teórico):


Entrada do NADA

Esta entrada do NADA no Universo é puramente uma abstração gráfica. Ele não ultrapassa as fronteiras da região do Sistema. O que está acontecendo ? Vejamos uma alteração conceitual interessante:





Agora, pare de chamar este que começou como NADA, e passe a chamá-lo de ECRN - Ente Conceitual Representativo do Nada. Qual é o significado desta representação teórica ?

Este ECRN reside APARENTEMENTE dentro do Sistema, mas não penetra no mesmo. Ele poderia, hipoteticamente se comunicar com o nosso Sistema, sem no entanto ferir suas fronteiras, e nem suas leis, coisa da qual temos exemplos em nosso mundo, em que as ondas fazem esta espécie de papel de comunicação.

Agora, descanse um pouco a sua mente, para poder absorver o que vem a seguir.

Regiões de Exceção

A uma região de um sistema, onde existem entes que não obedecem às suas leis, chamamos de Região de Exceção.

Para dar um exemplo em nosso Universo, poderíamos ter:

REGIÕES ONDE O TEMPO NÃO EXISTE

Por que não ? O Sistema é teórico, podemos fazer com ele o que quisermos.

Na prática

No campo da astrofísica, um exemplo de ECRN seriam os buracos negros. Na região em que eles estão estabelecidos, o campo gravitacional é tão grande, e as linhas do Espaço-Tempo estão tão deformadas, que ali valem principalmente as suas leis matemáticas extremas. E no entanto, eles são tratados como se estivessem em nosso Universo. Mas estão realmente ?

Sistemas e Leis

O ser humano tem dificuldade de lidar com Sistemas dentro de Sistemas, pois confunde Sistema Geográfico com Sistema Conceitual. No campo dos Recursos Humanos, um exemplo elucida muito bem este caso. Em um local de trabalho temos empregados da própria empresa (Sistema 1) e empregados terceirizados (Sistema 2). No entanto, para alguém que contempla o TODO, tudo parece uma coisa só. Empregados obedecem determinadas leis, e os terceirizados outras, no entanto interagem como uma coisa só.

Ao formular modelos, não podemos permitir que artifícios linguísticos ou geométricos nos confundam, pois nossas formas de representação, infelizmente, estarão todas baseadas em nosso Universo.

As leis do Nada

Todo este raciocínio apenas nos permite dizer, por enquanto, que o NADA, diferentemente do Universo, E NÃO COMO OPOSIÇÃO AO TODO, é uma região conceitual (por enquanto também) onde as leis de nosso Universo são OUTRAS.  Isto basta para determinar uma separação de uma coisa da outra.

E um Criador ?

Já que a ideia do NADA se destina à busca de um Criador, ou de um Início, este modelo se aplica, pois especulamos acima que uma das leis de nosso ECRN poderia ser "Região onde o Tempo não existe". Desta forma, o Criador não teria que obedecer às amarras que o tempo cria em torno do Universo, ou seja, Ele não cairia na armadilha de criar o Tempo e começar a ser escravo dele.

Esta suposição é uma das que são feitas em torno da ideia de Deus em discussões teóricas sobre Deus.

A morte

A morte só seria uma outra lei emanada deste ECRN, como uma "mensagem" ao Universo, para "retirar" um elemento do Universo. Não existe conflito desta lei com a lógica exposta, pois fazemos isto em nossos "pequenos universos": arquivos, quartos, gavetas, empresas, etc.