domingo, 24 de fevereiro de 2013

Por que os nossos olhos são apontados para fora

Nossos sentidos existem para auxiliar a razão a complementar um conjunto de referenciais para nos situarmos em todos os momentos. Durante o sono, parte deles adormece, pois não é preciso manter ligado o Sistema completo de referenciais, já que estamos deitados e em repouso.

Consciência

A constante sinalização deste conjunto de referenciais é chamada de Consciência. É um estado tão complexo e constante, que não pode ser "fotografado". O principal sentido que contribui para o estado de consciência é a Visão (deixando de lado o problema da cegueira). Este sentido é tão complexo que consome 80 % do processamento cerebral. Ao fecharmos os olhos, portanto, estamos economizando uma quantidade enorme de processamento cerebral. Daí o fato de que nosso Sono é precedido pelo fechar dos olhos.

Ver e olhar

Temos então o primeiro princípio do ver e do olhar: olhamos para auxiliar o processo constante da consciência. O segundo é o obvio "olhar para fora".

Consciência Interna

Nossa consciência interna, pelo menos orgânica, esta a cargo de um tal Sistema Vago, uma parte do Sistema Nervoso que cuida do monitoramento de nossas funções fisiológicas involuntárias. Mas ele monitora nosso corpo até um determinado ponto. No caso das doenças, "NÃO VEMOS" a mesma se instalando.

O ser humano, ao constatar que não consegue tomar conta Conscientemente, de seu interior, entende que NÃO CONTROLA A SI MESMO.

Consciência Externa + Consciência Interna

Ora, temos um olhar para fora, natural, ligado à Consciência Externa, e um Sistema Vago que monitora nosso corpo, mas não gera Consciência Interna. Podemos então dizer que sabemos mais, visualmente, sobre os OUTROS do que sobre NÓS MESMOS.

Se quisermos ser "imediatamente Bíblicos", é só lembrar dos dois grandes mandamentos sintetizados por Jesus:

Amarás a Deus, de todo os seu entendimento, e amarás ao próximo como a ti mesmo

Os mandamentos do decálogo que dizem para (1) Não matar, (2) Não adulterar, (3) Não furtarás (4) Não proferirás falso testemunho, (5) Não cobiçaras podem ser resumidos como o fez Jesus. Não venham dizer que Ele veio mudar os mandamentos, pois Ele mesmo veio "para confirmar a Lei e os Profetas".

Os OUTROS, citado acima, constituem um grupo a que Jesus chamou de "O PRÓXIMO".

Nossa Consciência Externa está amarrada mais aos outros do que a nós mesmos. E por que ? Para que o AMAR AO PRÓXIMO se estabelecesse como verdade, desde a criação do mundo.

A influência dos Outros

Os outros participam de nossa vida, e tem sua própria, influenciando nossa Consciência de duas formas:


  • Nos influenciam;
  • Servem de ESPELHO para verificarmos como estamos indo.


A influência deve ser benéfica. E ela pode ser discernida pela Consciência baseada na justiça. Se a influência é para prejudicar os outros, ela é má. Discernimentos mais profundos, como a Omissão (o que fazemos não parece prejudicial) dependem de graus de amadurecimento.

O outro é também como um espelho, através do qual comparamos os mesmos atos que fizemos ou vamos fazer, com os efeitos obtidos.

A influência deve ser direção clara, e não uma muleta. A direção clara se baseia em esclarecimentos sobre muitos exemplos já disponíveis tanto na História Universal, quanto na História Pessoal de conhecidos comuns. A "influência muleta" é aquela que vem toda hora que a pessoa tem que tomar uma decisão simples. Ela não sabe o que fazer. Nunca foi estimulada a pensar e a tomar decisões. Sempre fizeram tudo para ela, ou ela se ligou a pessoas que GOSTAM DE DOMINAR.

Nas Forças Armadas, a influência se dá na base de exemplos e simulações de comportamento, com algo que beira o castigo flutuando como uma espada sobre a cabeça do soldado. Mas no caso do Soldado, ele escolheu esta "influência condicionante", pois do condicionamento é que vem a sua segurança em ação.

Olhar para construção da Sociedade

Suponhamos, por absurdo, que nossos olhos fossem virados para dentro do nosso ser. Amadureceríamos internamente, espiritualmente, mas isto não traria nenhum progresso para a Sociedade, pois não enxergaríamos o OUTRO. Tendo os olhos para fora, e portanto enxergando o OUTRO, construímos a tal Sociedade que contempla o BEM COMUM.




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