quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Liberdade, a excessiva Legalização, Valores e Domínio Próprio

O momento desta Revolução Constitucional Brasileira, neste ano de 2013, a ser escrito em futuro próximo nos livros de História do Brasil, com mais destaque do que o Diretas Já dos anos 80, é o ideal para discutirmos a associação entre estes quatro fatores humanos e políticos:


  • Liberdade;
  • Legalização ampla geral e irrestrita;
  • Valores da Sociedade;
  • Domínio Próprio;


Comecemos com a ...

Liberdade

No entender a nível bem infantil, Liberdade seria "fazer tudo o que se quer, onde quiser, com quem quiser, onde for e na hora que bem querer". Vamos ver como é isto realmente. Se assim o fosse, você ou outra pessoa poderia ser vítima do outro, pois sendo este último "tão livre quanto você", a parte da definição que diz "com quem quiser" poderia se referir à sua pessoa, e talvez você pudesse não gostar. É justamente, a princípio, esta relação do QUEM, a mais provavelmente conflituosa. Para evitar os CONFLITOS DO QUEM (como vamos denominar), foi que se desenvolveu a ...

Legalização

Vamos prosseguir. Foi naturalmente, e em função do QUEM, que se desenvolveu a doutrina do Direito, que gerou as Leis desde a antiguidade oriental, a partir das civilizações mesopotâmicas. Estas leis vieram consolidando os usos e costumes naturais de aglomerados humanos em códigos escritos. Nelas se encontra um pouco do registro do que é natural no sentido humano e do convívio de pessoas como nós, ressalvadas as diferenças nos aspectos tecnológicos e de evolução das relações humanas em função destes.

O Brasil já tem uma das constituições mais extensas do mundo. A americana tem apenas 13 páginas, no entanto nela já constam os mecanismos de regulamentação da eleição, coisa que é feita em separado no código eleitoral brasileiro. Aliás, uma das coisas que torna um inferno a interpretação das leis brasileiras é a tal Regulamentação. Esta, geralmente, vem muito depois da lei, com um detalhamento dos procedimentos para se aplicar essa.

Em nosso país, a sede e a fome de se colocar tudo descrito em Regulamentos, Normas e Procedimentos leva a textos repletos de brechas para duplas e as vezes triplas interpretações, coisa que possibilita, no final, colocar um preso perigoso em regime de prisão não fechado. Isto pode comprometer ...

Os Valores da Sociedade

Sendo nossa sociedade uma amálgama de nativos, colonizadores e imigrantes, abrigamos uma quantidade de culturas e, pela extensão territorial, variações linguísticas por vezes pitorescas. E nesta amálgama encontramos apenas convivência, pois não cultivamos valores de uma Nação genuína. Não temos ícones como os tem os americanos e Europeus. Aliás, cultivamos o perverso hábito de ridicularizar e destruir os ídolos, ao menor erro que estes cometam.

Os valores que uma Nação almeja ter para ser unida e estável tem que superar coisas voláteis e passageiras como jogadores de futebol e congêneres. O samba também já representou valor nacional. Uma nação, para ser forte, precisa cultuar figuras públicas de destaque, notoriamente no campo da construção política. Personagens como Marechal Deodoro, Floriano Peixoto, Garrastazu Medici, Ernesto Geisel, João Batista Figueiredo, Fernando Collor, José Sarney, Fernando Henrique e Lula ascenderam ao poder e saíram levando nas costas o ódio ou desprezo do povo.

Se procurarmos escritores, elementos do segundo escalão dos elegíveis a ídolos, poderemos ter um Machado de Assis, um Carlos Drummond de Andrade, etc. Mas apesar de muito bons, o povo não os cultua. E não o faz porque estes não tem valor ? Absolutamente. Não os cultuam porque não lhes dão o devido valor. É diferente.

Os valores do brasileiro estão fortemente inclinados ao consumo. A cultura é pouco valorizada. Alguns dirão que aqui se faz muita novela, muita música, mas estas modalidades apenas espelham o modo de viver, e não valores de uma nação. Estes são fundamentais para que os indivíduos, feitos cidadãos, possam formar o quadrilátero sólido sugerido por este artigo.

Domínio Próprio

O Domínio Próprio é a habilidade de se constituir em uma pessoa ou cidadão capaz de viver consigo mesmo e conviver com os outros harmoniosamente. Num estágio mais avançado, o indivíduo se torna capaz de realizar e conquistar qualquer coisa.

A Liberdade Plena

Muito se diz que o ser humano encontra a felicidade na Liberdade Ilimitada. O Brasileiro tem dificuldade de obedecer às leis, mas quer constranger os OUTROS a obedecê-las. Isto é sabiamente expresso no ditado:

O Maior Devedor é o Pior Cobrador

No início do artigo falamos sobre o conflito do QUEM. Acrescente-se a isto a busca da felicidade. Ora, não existe "Liberdade Ilimitada", pois não existe Conquista ou Descoberta, já que NÃO HÁ RECOMPENSA ONDE TUDO PODE. Se entrarmos num estado do TUDO PODE, mais nada haverá a Conquistar e mais nada haverá para Descobrir.

A Conquista do Domínio Próprio

Após falar das Conquistas, acúmulo de experiências bem sucedidas na vida do indivíduo, chegamos ao Domínio Próprio, que seria o acúmulo de experiências esclarecedoras dos propósitos e sentidos mais elevados da vida humana. Conquistar este Domínio Próprio nos torna capazes de esperar por até um dia inteiro numa fila, ou executar um trabalho de paciência que todos se recusaram a fazer pela sua complexidade, que implica em longa dedicação em termos de tempo. Assim se formam os excelentes profissionais e artistas de renome, bem como empresários bem sucedidos.

As leis são regras importantes para o exercício do indivíduo no contexto social, de forma que se forme nele uma ética, precursora de algo mais profundo e pessoal, que é o Domínio Próprio.

Como verificar se uma pessoa tem este Domínio

Somente com um convívio relativamente próximo é que se pode verificar certos traços do "modus vivendi" de uma pessoa, ou através de informações confiáveis. E neste "modus vivendi" vamos avaliar se:


  • A pessoa coloca para si vários objetivos, mas não chega a nenhum deles;
  • Promete coisas que não pode fazer, confiando que pessoas à sua volta farão por ela (repassador de objetivos);
  • Transfere para si o crédito das idéias que outros tiveram;
  • Não gosta de receber e cumprir ordens coerentes com o contexto em que está inserido;

Estes "requisitos" se parecerem mais com aqueles de uma pessoa que não tem caráter. Quando se fala em Domínio Próprio, imaginamos que quem não o tem é aquela pessoa descontrolada, que grita, que esbraveja, que puxa os cabelos. No entanto, este é o caso de estressados, gente no limite, que talvez, por ter justamente caráter, fica indignado com aqueles que, parecendo controlados, serenos, são realmente preguiçosos, omissos, venais e desonestos.

O falto de Domínio Próprio é como um doente, calculista, psicótico, que inventa desculpas, subterfúgios e
estratégias para fugir da situação. E é justamente nesta FUGA que reside a maior evidência de sua falta de Domínio sobre si mesmo.

Obedecer ordens

O ato consciente, crítico e voluntário de obedecer ordens é resultado de um equilíbrio muito bem estabelecido entre:


  • Domínio Próprio;
  • Liberdade;
  • Reconhecimento de Leis, sejam naturais ou humanas;
  • Valores do Indivíduo;


É justamente outra faceta daquilo que estamos abordando aqui.

Quando se diz OBEDECER, o indivíduo SEM VALORES julga que sua LIBERDADE está sendo tolhida. A falta de conhecimento, ou se há conhecimento, a falta de poder de interpretação das leis naturais, como de convivência, de construção da sociedade, e do trabalho em grupo pode levar o indivíduo a não compreender porque alguém está mandando nele. Isto é fruto de uma falta de educação familiar ou, se ela existe, fruto da falta de Domínio Próprio, pois este indivíduo PRECISA DE UMA INTERVENÇÃO PROFUNDA EM SEU CARÁTER. Alguém como ele precisa passar por uma grande dificuldade para quebrar seu orgulho, pois as pessoas são diferentes.

Dificuldades na infância podem traumatizar ou ensinar. Já as dificuldades já quando a pessoa é adulta traumatizam menos do que ensinam. Portanto, as dificuldades, no momento certo, aumentam o Domínio Próprio, contribuindo para que a pessoa tenha facilidade para Obedecer Ordens.


Liberdade, Legalização e Domínio Próprio

Por um acaso poderíamos chamar de LIVRE um indivíduo que pode recusar a fazer qualquer coisa que se lhe manda fazer ? Antes conhecemos este tipo como desobediente ou preguiçoso. O Domínio Próprio possibilita ao indivíduo obedecer às leis, pois tem a capacidade de se submeter às ordens, regulamentos, leis e congêneres.

Mas a excessiva Legalização pretende substituir o Domínio Próprio por uma obediência forçada. O Domínio próprio, em relação aos aspectos sociais (e não criminais), não deve ser cultivado na lei, e sim numa formação proveniente da existência de valores individuais e nacionais. Existem "modus vivendi" culturais que absolutamente não tem que estar descritos e regulamentados em códigos de leis, pois desta forma estaríamos definido a cultura do povo em leis, e isto já existe no seio da Nação formada.

Se um grupo almeja a legalização de algo que SÓ ESTE GRUPO COMPREENDE, não estaremos criando uma Lei para a Maioria, princípio da Democracia, e sim agindo como Ditador. Que esta Lei valha apenas para aquele grupo, que ele forme uma Nação separada, ou adote costumes culturais próprios, coisa que não se coloca em lei, como já explicado. Ditadura também é tornar as exceções em regra, o que é um absurdo já em sua lógica visceral. É como o caso da fábula do Lobo que perde o rabo e pretendia que todos os membros do grupo cortassem aquele "membro inútil" por vontade própria.

Ao Domínio Próprio não se pode pedir que aceite um uso cultural totalmente fora da lógica de seus próprios usos, fazendo este outro uso CONSTAR DA LEI. A Lei de um país pode até mencionar coisas gerais como TOLERÂNCIA, mas não OBRIGAÇÃO em termos culturais.

Lei e escravidão

"Onde tudo é legalizado, o indivíduo se torna um escravo".

A um número pequeno de leis podemos chamar Princípios. Uma tribo vive de princípios, pois tendo tradições que vem de longa data, ninguém se sente inclinado a registrar em escrita aquilo que é plenamente conhecido por todos.

Quando as leis são muitas, os indivíduos precisam de uma memória prodigiosa, e de muita RAZÃO. E Razão e memória em excesso só serve para confundir e atrapalhar. Multiplicam-se as situações, as exceções e as numerosas e perigosas interpretações. O indivíduo se torna um escravo da constante consulta às leis escritas, e só os versados e estudiosos conseguem atingir um nível de análise da situação e seu encaixe às leis.

Os mandamentos da Bíblia

Devido à esta complexidade, no Evangelho de Mateus Jesus dá um exemplo de Princípios básicos da Lei de Deus. Perguntado a Jesus:

Mestre, qual é o grande mandamento na lei?

Eis que Ele respondeu:

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Mateus 22:36-40

Este é um exemplo de princípio. A Bíblia contém numerosos mandamentos e estatutos, mas Jesus resumiu tudo em dois princípios básicos. Por exemplo, "não matarás", "não roubarás" e "não cometerás falso testemunho" remetem para "amar ao próximo como a ti mesmo".

Voltando à Legalização

Examinando a legislação brasileira, cujo kit básico é a Constituição, Código Civil, Código Penal, Código de
Processo Civil e Código de Processo Penal, temos um manancial de leis e regulamentações de difícil domínio, sem princípios muito resumíveis a menos de uma dezena. Se colocarmos toda nova tendência social ou costume neste kit básico, estaremos abrindo portões largos para interpretações oportunistas e as execuções da lei serão impraticáveis, devido às infinitas análises e interpretações possíveis, e teremos o caos social.

Um povo em estado de direito deve procurar compor suas leis e restringi-las, a um pequeno universo tangível de princípios fáceis de se perceber , compreender e APLICAR. As leis devem ter uma parte prática.

Conclusão

A fraca constituição deste quadrilátero no ser interno do brasileiro o fez se desviar mais facilmente da conduta adequada para a construção da Nação Brasileira.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Moisés, o Egito e o Deserto

A odisseia de 40 anos dos hebreus saídos do Egito (não falamos foragidos, nem exilados) tem um profundo significado de oposição aos valores da Civilização Egípcia, evoluída para a época, porém abominável aos olhos de Deus.

Vamos colocar estes valores frente a frente, para compreender o que Deus queria mostrar:


IMPÉRIO EGIPCIOD e s e r t o
Vida em cidades (Sedentarismo)Vida em Tendas (Nomadismo)
Dependência do NiloDependência de Deus
Deuses comparados a animaisHomem comparado a Deus
O estrangeiro é um inimigoO estrangeiro é um hóspede
Interpretação de divindades zoomórficasInterpretação da divindade como ela é, e não como o povo quer
Falsificação, exagero e destruição de registros históricosRegistro das Leis, Mandamentos, rituais e dos insucessos da Tribo e da comunidade
Apego aos lugares, xenofobia e falta de hospitalidadeDesapego, respeito aos usos e costumes dos citadinos da região.

A vida nas cidades

Não é novidade para o homem moderno os enormes problemas que uma cidade traz. A principal razão para isto é a CONCENTRAÇÃO DA RIQUEZA em uma região restrita. A tendência do homem de se aglomerar em cidades é outra faceta do episódio bíblico da construção da Torre de Babel. Por medo, preguiça e FALSA IDEIA DE PROTEÇÃO, o homem quer morar perto de onde provavelmente podem vir as riquezas. E aqui se manifesta o vaticínio de Jesus: "O amor às riquezas é a raiz de TODOS os males".

A cidade, a metrópole representa uma espécie de "deus coletivo", esculpido pelo próprio homem. Você já tinha parado para pensar nisto ? Em uma grande cidade, tudo está disponível para conforto do homem. Outros sempre produzem aquilo de que você necessita, o que consome, desde o essencial até o mais fútil artigo cuja necessidade é criada pela propaganda. Isto é tanto verdade que, as pessoas que priorizam sucesso, fama, riqueza, abandonam suas cidades pacatas para mergulhar na ilusão da Cidade Grande.

A vida em Tendas

Decerto que as tendas dos sultões árabes e até a de Abraão eram suntuosas e repletas de riquezas. Mas ali só podia haver o necessário, pois após a decisão de se mudarem, tudo tinha que ser embalado para ser transportado. A movimentação periódica possibilitava o conhecimento de outros lugares, outros povos. Isto significa desapego aos lugares. O que importava era estar onde Deus mandava estar.

A dependência do Nilo

Esquecendo que o rio só representa uma "facilidade provida pela natureza", os egípcios ENDEUSARAM a figura do Rio. Os homens que desejam uma vida mais fácil se estabelecem nas beiradas dos rios, pois sua fertilidade propicia as colheitas com mais facilidade. Isto mesmo considerando que era preciso estabelecer os canais de irrigação. Mas era mais fácil, e continua sendo, viver na beira de um rio.

A dependência de Deus

Na caminhada pelo deserto, sem um rio próximo, é preciso sobreviver à custa de Água Subterrânea. No deserto de Midiã, por onde andou o povo hebreu, encontram-se, de quilômetros em quilômetros, os poços
cuidadosamente cavados pelos nômades. Em determinados lugares a aflição do povo hebreu foi tamanha que eles protestaram contra Moisés, e ele teve que tirar (a célebre metáfora) Água da Pedra. Ele desvendou veios hidráulicos que correm em determinados trechos das rochas.

Você abrir a rocha, ou cavar um poço, sem estar vendo se ali realmente vai jorrar água, é depender de Deus. O rio é uma fonte muito fácil. Já as areias ou a rocha são para quem realmente está sob a dependência de Deus.

Deuses comparados a animais

É notório, entre os estudiosos de Mitologia, que os valores dos deuses eram mais facilmente inteligíveis através da sua comparação com os atributos dos animais, naquele estágio de verdades agrárias da humanidade. Hoje isto não seria possível, pois tem crianças que nunca viram uma galinha viva. Mas das simples metáforas animais, o povo interpretou verdades concretas, e os sacerdotes, coniventes com este proceder, pois atendia aos seus interesses e ainda incentivava o comércio de estatuetas. Um deus puramente espiritual não rende bens de comércio. Foi a dupla esperteza.

Homem comparado a Deus

As verdades mitológicas ensinam que o homem pode provir da coxa de um deus, do jorro de um lago, mas nenhuma doutrina tem a coragem de dizer que "Deus fez o homem à sua imagem e semelhança", E o homem maldoso, por sua vez, não quer aceitar esta doutrina, pois vai lhe dar muito trabalho se alinhar à imagem de Deus, largando os intuitos perversos de seu coração.

O estrangeiro

Por estar em sua própria terra, onde nasceu, e achar que ela é sua, o homem sedentário cultiva um sentimento exacerbado de territorialidade. O estrangeiro no Egito era considerado um espião, um inimigo, uma ameaça. E a doutrina judaica ensinava justamente o contrário, a ser hospitaleiro, pois "pensando receber um hóspede, você pode estar recebendo um anjo".

Interpretação da divindade

Este é um conceito ligado ao que já falamos sobre os deuses comparados a animais. E o conceito ficou, e os sacerdotes nada faziam para levar o povo ao entendimento correto da divindade. Já as escrituras sagradas chegam até a falar de um deus CIUMENTO. Pelo mandamento de "amar a Deus sobre todas as coisas" se compreende que Deus quer uma relação exclusivista. Um egípcio jamais absorveria tal verdade. Ele chamaria Deus de egoísta, como algumas pessoas da nossa era moderna também fazem.

Registros históricos

Os egípcios só registravam aquilo que lhes interessava e, no caso das batalhas, exageravam a vitória, e falseavam suas derrotas. Já as escrituras revelam todas as falhas, todas as burradas e falta de visão do povo hebreu quando as cometiam. Os egípcios chegava a apagar de seus monumentos os nomes dos faraós desafetos, como o provam as marcas de ferramentas de ponta em determinados trechos dos hieróglifos. Isto é a prova de que os egípcios tinham um espírito fraco, medroso e contemporizador com o poder.

Apego aos lugares

Os egípcios variavam de preferência em relação aos seus deuses de acordo com a cidade ou região do Império. Ou seja, havia deuses regionalmente mais fortes em determinados lugares. Já os hebreus, com um deus Único, podiam ir a qualquer lugar, pois a morada dEste deus estava (e está) em seu coração, e não varia de região. E este desapego aos lugares facilitava o desenvolvimento do seu dom para os negócios, para o comércio. Ao contrário do que se pensa, este dom vem de longa data, e não resultou das proibições de exercerem as profissões comuns entre os povos.

Conclusão

Deus permitiu que os hebreus vivessem tantos anos entre os egípcios para mostrar como o homem, sem Deus, tende a fazer tudo ao contrário do que Ele deseja e estabeleceu como correto.







sábado, 8 de junho de 2013

Os casos do ser humano e a Fé

É o que mais fazemos durante o dia: uma conversa aqui, uma conversa ali, ouvimos um caso de um, mais um de outro, e por aí vai.

Quantos casos e histórias de amigos, colegas, vizinhos, companheiros, maridos, esposas e filhos ouvimos ? Incontáveis. Na maioria das vezes, damos crédito a eles. Quando o narrador é um contumaz mentiroso, desprezamos, em silêncio suas histórias, pois a comunidade já o conhece.

E as histórias escritas ? Os cronistas, jornalistas, cientistas, sociólogos, antropólogos, médicos, engenheiros, etc, descrevem seus casos em livros, e querem que acreditemos neles, pois isto contribui para a sua fama.

Antropólogos

O antropólogo escreve que o homem descende do macaco, e se apóia em Darwin.

Médicos

O médico escreve que a gripe é causada por vírus, seres invisíveis aos olhos.

Engenheiros

O Engenheiro escreve sobre a resistência dos materiais, e afirma que metal e concreto seguram uma edificação.

Cronistas e jornalistas

Estes escrevem sobre algo que chamam de fatos que, segundo eles, aconteceram.

É tudo isto verdade ?

Pois bem, e muitos destes que escrevem, dizem que o que escreveram realmente aconteceu, que eles falam a verdade.

E a Bíblia ?

Pois bem, nenhuma das obras de qualquer destes tipos de escritores,  QUE SE ACHAM MUITO CONFIÁVEIS, atingiu a tiragem da Bíblia Sagrada. Eles querem que acreditemos neles, mas na Bíblia não. Não dizemos isto em relação a conteúdo, tão fantástico quanto se crer que um macaco pode virar homem, ou dois neutros colidirem e formarem anti-matéria, ou crer que um pequeno vírus pode nos fazer ficar doentes ou até nos matar. Dizemos isto em relação à CREDIBILIDADE.

Qual é a moral do homem para dizer qual obra é CONFIÁVEL, DIGNA de CREDIBILIDADE, se o seu currículo é de mentiras e destruição ? Os escritores HUMANOS, que dizem não haver um deus querem que neles se creia mais do que nos escribas a serviço de Moisés, que foi educado na corte egípcia, e que foi guia e legislador de nada menos que o povo judeu, o povo mais evoluído da terra, nação de onde vem dezenas de prêmios Nobel, cientistas, médicos, etc. Os críticos da Bíblia são realmente uns MEDÍOCRES e PRETENSIOSOS.

Quando surgir um escritor que consiga vender (a Bíblia é doada ou vendida a preço de custo) uma quantidade de um único livro seu maior do que os exemplares da Bíblia, talvez ele mereça credibilidade para ser ouvido.

A Bíblia é o único livro em que o narrador admite, jogando pedra no seu próprio telhado de vidro, que é um ser fraco, nu e miserável. Nas demais obras, o homem não revela sua real natureza. Os livros de auto-ajuda falam o que o leitor quer ouvir. Já a Bíblia toca nas feridas, hipocrisias e perversidades dos seres humanos.

Conclusão

Por que devemos acreditar em outros livros mais que na Bíblia ?


O ser humano se acha

De onde viemos

Sob a nossa humilde visão, viemos de lugar nenhum. Éramos NADA antes de ser ALGUMA COISA.

Na busca por suas origens, o homem procura sua MATÉRIA-PRIMA, ao invés de procurar sua essência. Até a ÁGUA SANITÁRIA sabe mais do que nós, pois veio do CLORO. E nós, viemos de que ?

Para onde vamos

Isto é certo, para uma resposta fácil, vamos para a MORTE. Mas não sabemos como é este nosso novo estado.

Onde estamos

Estamos VIVOS, AQUI e AGORA, mas este não é um contexto firme, pois mesmo sentados e inativos, estamos "sobre a esteira móvel do tempo".

A jactância do homem

Ora, alguém que não sabe de onde veio, nem para onde vai e tampouco sabe onde está, o homem, em suas colocações e seu modo de vida IRÔNICO, ARROGANTE, ANÁRQUICO e achando que é LIVRE, é muito TOLO.

O homem procura apoios psíquicos exclusivamente no MUNDO FÍSICO, em verdades físicas, ou em conceitos CURTOS e INCOMPLETOS:


  • A vida é uma luta;
  • A vida é passageira;
  • Se eu fizer o bem vou viver bem;
  • O importante é a saúde, pois sem saúde não se faz nada;
  • Não faço mal a ninguém;
  • Viemos dos seres unicelulares que evoluíram;
  • Viemos do espaço sideral (passaram o problema para outro planeta, mas seus habitantes tem a mesma dúvida);
  • Encaro Deus como uma ENERGIA que está no mundo;

Na antiguidade os homens reclamavam que os Sábios e Doutores falavam por metáforas. Eles diziam querer compreender as verdades. No entanto, à medida em que se foi popularizando a ciência, os homens foram se desinteressando dela, fazendo piadas e duvidando de tudo, a ponto de DUVIDAR QUE O HOMEM FOI À LUA e de outras coisas.

Não estranhem se um dia duvidarem que Ulisses Guimaráes, Abraham Lincoln, Cleopatra e Jesus existiram. E isto é coerente com o pensamento do pobre e insignificante homem que:


  • Não sabe de onde vem;
  • Não sabe para onde vai;
  • Não sabe onde e como está;


Sem estas três certezas, o homem passa a duvidar de tudo, até de um Criador, coisa ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA PARA QUE ALGO EXISTA. Esta incerteza é que produz os gozadores, os escarnecedores, os debochados e os revisionistas. Se você ouve alguém que não sabe estas três coisas, você é como alguém que entrega a direção do seu veículo para alguém que não sabe dirigir.

Qual é o caminho ?

Se o mundo físico, com suas verdades físicas, não serve como fonte das respostas, precisamos achar a essência da vida. O mais importante no perfume é o seu cheiro. O homem que procura viver baseado em conceitos CURTOS e INCOMPLETOS é como o perfume que se acha muito bonito e importante POR CAUSA DE SUA COR ou de sua EMBALAGEM. Este é o diagnóstico mais próximo da verdade em relação ao homem TOLO.

Portanto, basta que o homem procure aquilo que pode ser comparado ao CHEIRO do perfume, e não à sua COR ou EMBALAGEM.

Embalagens

Não é preciso ser muito esperto para saber o que é EMBALAGEM para o ser humano:


  • Pele;
  • Roupas;
  • Calçados;
  • Relógios;
  • Carros;
  • Casa onde mora;
  • Esposa ou marido (pois pasmem, para alguns estes são ornamentos e não fatos da vida);


O mundo está cheio de gente que vive de aparências.

A alma

A alma é a verdade mais real do ser humano, pois é aquilo que o mantém vivo. Mas como NÃO SE VÊ, não é levada em conta, ninguém lhe dá valor, e alguns dizem que ela não existe. Ora, como gerações perversas da qual fazemos parte, os valores VISÍVEIS são mais levados em conta do que os valores REAIS (não digo invisíveis).

Se você se levanta da cama pela manhã, ALGO o impele a fazer isto. Alguém diz então: é a minha vontade. Mas até os livros de Física, frutos do tangível, do visível, do físico (como o próprio nome diz) falam de uma Energia.

A alma é algo que recebeu uma ENERGIA que veio de uma FONTE INVISÍVEL.

A prova da Alma que habita em nós é o fato de pensarmos ("penso logo existo"). Mas além disto está o fato de nos alegrarmos, de sentirmos tristeza e de nos sentirmos CULPADOS. A alegria e a tristeza podem ter curta duração, mas a CULPA pode ter uma longa duração, ATÉ POR UMA VIDA INTEIRA.

Conclusão

Já que temos a ALMA como uma vizinha tão próxima (dentro de nossa "casa"), se ela é que nos mantém vivos (esta "ENERGIA"), vamos buscar nela as respostas. Vamos atrás do CHEIRO, e não da Cor e nem da Embalagem. A embalagem pode se quebrar, mas derramado o perfume empresta o seu Cheiro e, em última instância, a sua Essência, a sua Composição Química.

Lembre-se:

O Tolo valoriza a Embalagem, o SÁBIO valoriza o Cheiro.