quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O Nada e o Todo

O existencialismo já discutiu muito o NADA. Sua aparente simplicidade esconde uma dificuldade de definição no seguinte aspecto:

Só é possível definir o NADA após se ter constatado a existência das coisas.

Antes de prosseguir, e reduzir esta discussão à mera retórica e "Lógica sobre as Palavras", vamos utilizar como referência algo que vem sendo discutido nos últimos 20 anos, e que tem o "carimbo" dos astrofísicos:

Os buracos negros

Buracos negros do ponto de vista filosófico

Segundo os sentidos do homem, ao olhar para a direção do buraco negro, o que vemos ? NADA. Isto porque, fisicamente, ele "engole" tudo que dele se aproxima, inclusive a luz. Com seu enorme campo gravitacional, atraindo e comprimindo tudo ao seu redor, ele dá a falsa ideia de que, naquele ponto do espaço, não existe NADA.

Interessante, não. Uma enorme quantidade de matéria (e se ele pudesse, atrairia TODA disponível no Universo) está concentrada de uma forma que parece NADA.

Uma coisa interessante da ciência e da filosofia que se foi aprendendo com o tempo, é que as verdades são, por vezes, altamente paradoxais. Os buracos negros nos iludem de que onde está TUDO (ou muita coisa) parece que não tem NADA.

Não existe ausência, e sim a existência

O constatado por nós seres vivos não é a ausência. Quando chegamos a este mundo, tudo existia, e está COMPLETAMENTE fora de nossa capacidade tentar compreender como é a situação do NADA existir.

O problema seria o seguinte:

Se você está em um local do espaço, onde não há nada, já tem alguma coisa ali, que é VOCÊ MESMO. Entendeu a impossibilidade ? Entendeu o PARADOXO ?

Você não pode constatar o NADA, pois estando lá dentro, você ANULOU o NADA. Acabou.

O NADA é aniquilado

Somos os vigias e mantenedores do Universo. Ninguém aqui está no simples papel de espectador, pois a nossa simples existência em repouso provoca a alteração do balanço de substâncias contidas no Universo (absorvemos oxigênio, esquentamos o ambiente ao nosso redor, e exalamos gás carbônico).

Este simples papel, expresso na simples tarefa de ver, ANIQUILA O NADA (já viu algo que não existe ser aniquilado ?) .

Por estas e por outras que a invenção do zero na aritmética, como um símbolo que representava o NADA, só se deu em 150 depois de Cristo, onde ele era representado pela letra grega ômicron. Isto demonstra como a representação de NADA nas operações aritméticas exigiu um enorme esforço.

E do ponto de vista de Einstein ...

Einstein definiu a Teoria da Relatividade sempre levando em conta o observador. A Relatividade existe na medida do observador.

E do ponto de vista de Deus ...

Ao constatarmos que o aparecimento do TODO (seja da forma que for) exige a presença de um observador, pelo menos, constatamos que deve haver um Criador.

Olha que grande paradoxo. Ao procurarmos a definição para o NADA, encontramos o Criador.

Conclusão

Tudo o que se refere à vida implica existência, e não permite a constatação do NADA. O NADA não tem testemunha. Portanto, pense bem sobre o paradoxo da inexistência.






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