terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Caim, Abel e a Inveja

A Bíblia é a maior fonte de conhecimento. E quanto à Inveja, ela é insuperável. E por que ?

O primeiro episódio envolvendo a Inveja, envolvendo o ser humano, foi o caso dos dois irmãos, Caim e Abel. Este caso é "puro" em essência, pois Caim não teve influências humanas para deixar tal sentimento brotar em sua mente (a inveja nasce na mente). É claro que o pai do mal teve seu papel, potencializando este sentimento. Quem não crê no diabo, terá que simplesmente considerar a Mente como pai do mal, e no fim dá na mesma, ou seja, houve algo que disparou a Inveja.

Então, em outras palavras, o primeiro caso de Inveja é o mais elucidador pelo fato de não ter muitos fatores do qual depende.

Nos cultos e estudos ouvimos por pelo menos 30 anos que a oferta de Abel foi mais perfeita por ser de um animal, ou porque Abel tinha o coração mais puro do que o de Caim. Mas não se trata só de pureza. Trata-se de ritual.

O faz de conta

Pelo fato de não vermos Deus, precisamos da fé para crer nEle. E a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus e pelos rituais que praticamos. O ritual não é exatamente o de ir à Igreja, ou de participar da Ceia, ou de se batizar. O verdadeiro ritual é fazer QUALQUER COISA acreditando nos objetivos da coisa que se está fazendo.

Observe as crianças, e lembre-se também de alguns momentos de sua infância. Quando a menina brinca com as bonecas, existe um momento em que os rituais que ela pratica entre as bonecas são tão parecidos com a vida, e ela se envolve tanto, que sua libido atinge o ápice, e ela sente um prazer imenso em estar brincando.

O mesmo acontece com os meninos brincando de tiroteio, seja com réplicas de armas, seja com um simples pedaço de pau. Pode-se vê-los em uma atmosfera de prazer indescritível, a ponto de se ter que chamá-los com gritos, de forma que retornem à realidade.

As crianças são sinceras e puras em seu divertimento, salvo os que possuem traços psicóticos e prejudicam realmente uns aos outros nas brincadeiras.

O Trabalho

O trabalho é um exemplo de "faz de conta" em níveis mais elevados, pois o Trabalho ainda tem um pouco de lúdico, de sonho. Aquele que considera o Trabalho uma bobeira não está querendo participar da brincadeira, tanto mais que é remunerada. É preciso "mergulhar" no trabalho para se atingir os objetivos propostos. Fazer mais ou menos, ou superficialmente pode levar até a desastres (como no caso da Engenharia e Psicologia).

E no caso de Caim

Caim simplesmente percebeu que Abel se "envolveu", foi fundo no "faz de conta" durante o sacrifício. Nada mais que isto. E Caim, mais materialista, mais racional, achou que Abel só fez um "faz de conta" perante Deus, sem saber como ele havia se envolvido no ritual, como uma criança. Percebeu Caim que não era capaz de atingir aquele estado de Envolvimento Espiritual. Isto porque não conhecia a Deus tanto  como o irmão, que compreendia mais a palavra de Deus, por ser um pastor. Jesus se compara ao bom pastor. A convivência com os rebanhos de animais pequenos produz este efeito benéfico da compreensão de Salvado e Salvador.

E concluindo, Caim percebeu que NÃO ALCANÇARIA A FÉ DO IRMÃO, a sua compreensão e sua capacidade de cultuar a Deus. A inveja foi quanto à FÉ de Abel. E devia ter tanta que logo Deus o tomou.

Mais tarde falaremos da inveja no caso dos irmãos de José.

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