domingo, 2 de janeiro de 2011

Como saber se o que foi contado é verdade ?

A pergunta é oportuna, em se tratando de um texto antigo. O texto da Bíblia é bem antigo. Antigos são os textos da Ramayana e Mahabharata (epopéias indianas) da epopéia de Gilgamesh.

Credibilidade

Vamos discutir então credibilidade. Dizem que meu avô era russo. Sinceramente, não existem provas documentais de que ele o era. Aliás, na minha memória eu só tenho a imagem de meu avô. Crer no meu bisavô é biológico, pois alguém forneceu o espermatozóide que fez meu avô. Crer na existência do meu trisavô é utilizar o mesmo raciocínio, assim como para o meu tataravô. Pela cadeia biológica, todos vieram de algum lugar.

Mas alguns seres humanos, à medida em que os laços parentais se tornam mais distantes, tendem a não crer mais que estes existem. A isto damos o nome de ignorância. Para estas pessoas, se faltar o registro, os parentes distantes em origem simplesmente não existem. É a ignorância, a falta de embasamento lógico, e a falência do raciocínio.

Dizemos que, pela falta de registros, é mais fácil, no meu caso, crer em Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e em Jesus (o mestre, o filho de Deus) do que na existência do meu tataravô. Triste conclusão para mim em termos de laços de sangue, mas excelente conclusão em termos da fé.

Tancredo Neves

Seguindo esta linha de raciocínio, à medida em que o tempo for passando, mesmo com o registro histórico, haverá dúvidas sobre a existência de um Tancredo Neves. Isto piorado pelo dia de sua morte, manipulado ou não, ter sido no dia 21 de Abril, o mesmo em que se comemora a morte de Tiradentes. Alguns, mesmo com os vídeos onde se vê Tancredo, discutirão se era ele mesmo ou se era Tiradentes, e então tentarão trocar ou fundir as épocas em que os dois viveram, pasmem mas é verdade. Os revisionistas são a pior praga que existe. Eles não se fartam de destruir a verdade e tudo o que não tenham visto ou vivido no seu tempo.

Estes são só alguns exemplos para se pensar, e para que aprendamos a ter fé pelo menos no que foi registrado, transformado em mito ou injetado no inconsciente coletivo.

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