domingo, 23 de janeiro de 2011

Mandamentos são quase uma personificação

Desde tenra idade recebemos ordens e direções em nossa vida, muitas vezes não compreendendo o porquê destas ordens, mas fazemos porque outros faziam (irmãos, vizinhos, colegas). Nunca nos explicaram a natureza de uma ordem, e principalmente dos mandamentos de Deus.

Deus mesmo não é um "eu me basto" como muitas pessoas que conhecemos e que nos dão uma sensação desagradável, pois não gostamos de ouví-las. Elas "se acham" no linguajar destes nossos anos 2000. Existe alguém acima de Deus ? Não. No entanto, Ele colocou sobre si, como uma demonstração de sua humildade, a sua lei e os seus mandamentos expostos na Bíblia.

Um exemplo. Se Deus é amoroso e misericordioso, seu primeiro desejo é que TODOS se salvem. Mas Ele colocou uma lei de que somente os que aceitarem Jesus como Salvador é que podem ser salvos. Então imaginem a cena de um perverso chegando à presença de Deus no Dia do Julgamento. O perverso vem como um ser que Deus mesmo fez. O primeiro desejo de Deus é dar entrada a este ser no Paraíso. Então Ele se lembra (e na Bíblia muitas vezes é utilizada esta expressão) do que está escrito para sempre nos Evangelhos, sobre a necessidade do ser humano aceitar a Jesus para entrar no Reino de Deus e é como se dissesse:

"Eu te amo como criatura, mas está escrito na Minha Lei, e não posso desobedecê-la"

Estranho para você ? Deus tendo que obedecer a uma outra "coisa". Isto não contém nenhuma contradição. Se Deus não respeitar a Lei, não pode nos ensinar a nós o respeito a ela. Ele fez a Lei como autoridade sobre si mesmo.

Vamos dar um exemplo humano simples para completar o entendimento. O pai promete ao filho que dia tal ele vai levá-lo ao teatro. Chegando o dia marcado, o pai está cansado e se lembra da sua promessa. Então ele diz a si mesmo:

"Eu estou submetido à promessa que fiz, portanto devo cumprí-la"

Ou seja, a promessa feita foi uma lei escrita na memória, e que está como autoridade sobre o pai. Se não cumprí-la, como vai mostrar ao filho o respeito à autoridade e consequentemente às leis (que é uma só coisa). Desta forma, o filho vai transmitir ao neto deste pai o mesmo respeito e assim por diante.

Bem, mostramos que a Autoridade tem sobre si algo acima, a Lei e os Mandamentos.

A personificação dos Mandamentos

Vamos supor a seguinte situação: o pai dá ordem ao filho para que vá à padaria comprar pão, e lhe dá o dinheiro. Já levou o filho lá várias vezes, para que saiba o caminho.

No caminho, vocês já devem ter observado, os garotos vai repetindo o que tem que comprar:

"Papai mandou comprar oito pães de sal"

Repetindo assim, oral ou mentalmente, o garoto está como que acompanhado por algo que não consegue descrever, e que se expressa como a ordem que ecoa em sua mente: "vá à padaria e compre 8 pães de sal". Sem esta ordem ecoando, se o garoto esquecer, ele vai se perguntar onde está indo e o que está indo fazer.

Devemos parar de pensar como as crianças, de que as Leis e Mandamentos são ordens de um Deus que tudo pode a humanos que pouco podem, como se fosse Deus um tirano. Ora, Ele mesmo tem que obedecer à Lei que escreveu ! Para realizarmos a semelhença que temos para com Ele, obedeçamos também, pois as Leis de Deus são como Ele mesmo nos acompanhando, como se a Bíblia fosse quase uma materialização de Deus.

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