quarta-feira, 6 de abril de 2011

A reencarnação como uma expressão de falsidade ideológica

Para início de conversa, peço aos leitores que guardem o trecho da oração ao nosso Pai (Pai Nosso):

"Assim na Terra como no Céu"

Guardem e aguardem que vamos voltar a ela.

Seu nome

Antes de nos conhecermos como gente, antes de termos consciência própria (lá pelos 5 anos), já nos acostumamos a ser chamados por um nome, e não satisfeitos em tê-lo, ainda levamos de brinde um sobrenome que nos identifica com uma família, que também tem uma identidade. Este nome não somos nós que escolhemos e temos que aprender a amá-lo.

Isto possui um significado filosófico. Não é a pessoa que se cria a si mesma. Eu sei que é óbvio, mas quanto mais o indivíduo vai vivendo e aprendendo, maior é a sua tendência a se tornar um "eu me basto", e esquecer que não é ele mesmo sozinho. Alguém te nomeou. Você veio de um ventre de mulher e deve se lembrar disto.

Sua Esposa

Ao se casar, e formar, como diz a palavra, "uma só carne", você liga sua identidade à de outra pessoa. Você não é o outro, mas começa a "vigiar" sua conduta, pois alguns comportamentos podem tumultuar a vida a dois. Você ganha nova identidade (muitos ficam mais alegres).

Sua época


Você nasceu neste tempo (pois está lendo isto), portanto foi feito para ele. Por exemplo, Leonardo da Vinci viveu na época do Renascimento, e teve um papel importante no movimento. Mesmo o mais desprezível ser humano que tenha nascido neste período (Renascimento), fosse carregador, tecelão, pedreiro, carroceiro, conduziu de alguma forma alguém importante ou algo para alguém importante. E estas pessoas, assim, se identificaram com a época. É inexorável.

Todas estas referências citadas são subidentidades de uma identidade mais complexa de um indivíduo inteiramente inserido num contexto.

Ora, e alguém vem dizer, depois de toda a complexidade de se conseguir inserir um indivíduo sistêmico num grande sistema coeso e lógico, que esta identidade se estende para outro tempo, outro lugar, como se fosse um elétron de um orbital preciso que vai parar em um outro lugar bem distante ! Tenha a santa paciência. A própria designação de indivíduo fortalece, linguisticamente, uma associação precisa a uma só identidade.

Vamos imaginar o juízo final onde o Grande Juiz diz:

Vou te julgar pela sua vida do período de 1642 a 1712 e depois de 1890 a 1946. Não faz sentido. O julgamento tem que ser sobre uma única vida.

Como fica a igualdade então para os espíritas

Devemos imaginar que existem "espíritos novos" (nasceram pela primeira vez), "espíritos de primeiro grau" (primeira encarnação), "espíritos de segundo grau" (segunda encarnação) e assim por diante. Vamos supor que um espírito ruim está em sua oitava encarnação, e não melhorou quase nada. Ele está preparado espiritualmente (não em experiência, pois dizem os espíritas que eles não lembram de quase nada da vida anterior) para ser um perturbador profissional, artífice da maldade. Não seria isto uma injustiça ?

Como Deus não é injusto, só deixaria espíritos com graus de evolução próximos. No entanto, Ele precisaria (se a encarnação fosse verdade) deixar evoluídos para ensinar não evoluídos. Mas isto impediria que os não evoluídos aprendessem o necessário para subir de nível.

Vê-se que a situação e as combinações são tão confusas, que é preciso colocar mais e mais hipótese para ajustar o modelo, e o resultado é quase sempre uma teia intrincada de regras e impedimentos.

Para que reencarnar sem se lembrar de nada ? É como entrar para o segundo ano do fundamental sem lembrar de nada que aprendeu no primeiro ano. É nisto que os espíritas querem te fazer acreditar.

Uma só vida, uma só experiência

Ao homem é dado viver uma só vez, PARA QUE NENHUMA ALMA LEVE DESVANTAGEM SOBRE A OUTRA. É muito simples.

Não dê ouvidos a quem tenta complicar a sua vida. Existem compromissos e existe a verdade. Além disto esta a pura especulação.

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