quinta-feira, 21 de julho de 2011

Complexo de culpa, superego e encostos

Em algum momento da vida, o indivíduo pode estar em uma situação em que acha que cometeu um erro, e alguém foi prejudicado ou uma morte foi provocada. É humano e comum.

Podemos dar o seguinte exemplo. Você está conduzindo um veículo, onde estão alguns amigos ou colegas. Já dirigiu quilômetros, e é tomado pelo cansaço. Então, pergunta a um destes amigos se quer te substituir na direção, pois está cansadíssimo, e um deles concorda. Você meio que adormece, mas pode notar que o amigo está com o "pé meio pesado", ou seja, correndo um bocado, e não dirigindo responsavelmente.

E então, ocorre o previsto, vocês sofrem um acidente com capotamento. Consequência deste acidente é a morte de um de seus amigos. Você, ali mesmo, consegue sair do veículo, e junto com os amigos constata a morte do amigo citado. Daquele momento em diante, você, torturado pelo seu superego, se culpa por aquela morte.

Este é o caso para explicarmos esta relação entre o complexo de culpa, o superego e os encostos.

O complexo de culpa

Devido à nossa natureza de pecadores, e pelo desconhecimento de todos os aspectos do plano de Deus para a nossa vida e para a vida dos que nos rodeiam, não enxergamos o verdadeiro culpado (o motorista que provocou o acidente em primeiro plano), e nem nos inteiramos completamente do momento que a vítima estava atravessando, seus atos ou até seus méritos para que, no caso desta vítima, os fatos coroassem para que ela fosse viver ao lado de Deus, ou fosse vitimada pela enorme carga de malfeitos ou perversidades. Não sabemos, pois o juiz é Deus.

O ser humano normal sente culpa por falhas que ocorram à sua volta: "será que eu podia ter feito algo para evitar que isto acontecesse ?"

No caso do motorista que deu a direção ao amigo que provocou o acidente, a culpa é enorme, pois lhe deu uma espécie de "cheque em branco" ao lhe entregar a direção, fosse ele habilitado ou não. Houve uma relação mais próxima de culpa.

O superego

Nesta hora entra o superego falando: "viu o que você fez ?". E este, nas pessoas sem distúrbios psicossociais, é implacável. A vítima do superego pode mergulhar na bebida, na depressão, na doença, ou ter agravado um estado doentio que já apresentava. O indivíduo fica psicológica e psiquicamente fraco.

O encosto

Ora, a oração ewnsinada por Jesus, o Pai Nosso, modelo de oração e não uma oração em si, diz:

assim na terra como no céu

Aberta uma fresta, uma falha no terreno psicológico, no plano espiritual é aberta uma porta no templo que é o corpo da pessoa para a entrada de um ou mais encostos: "é a nossa chance" - dizem eles entre si (os demônios).

E o indivíduo, fragilizado, condenado pelo superego, começa a ser acompanhado pelo encosto (um ou mais deles). Adquire, a partir de então, aspecto soturno, cabisbaixo, semi-moribundo, fragilizado, e se entrega. Ganhou o espírito imundo uma morada no corpo deste pobre indivíduo.

Conclusão

É este o mecanismo de entrada dos encostos nos indivíduos que carregam uma culpa, sem submetê-la a Deus, o verdadeiro juiz, tornando-se juízes de si próprios, por falta de humildade. Sim, o complexo de culpa é falta de humildade perante o Criador e de Jesus, pois o indivíduo se acha auto-suficiente para pesar méritos e culpas de si mesmo e dos outros.

Recomendação

Se você tem um complexo de culpa, procure pessoas ativas no serviço para Deus, antes de julgar-se a si mesmo.

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